Reino Unido pede 20 mil vacinas após dobrar número de infectados por varíola dos macacos; já são 127 casos em 11 países

de Redação Jornal Ciência 0

Os casos de varíola dos macacos no Reino Unido dobraram em apenas uma semana, com 11 novas infecções, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (20/05). Total sobe para 20.

As autoridades britânicas resolveram vacinar profissionais de saúde e outros trabalhadores expostos ao risco de infecção utilizando a vacina da varíola comum.

O Reino Unido, que tinha apenas 5.000 doses de vacina da varíola humana, decidiu comprar mais de 20.000 doses com medo de que a infecção saia do controle.

Apesar do vírus da varíola humana não ser igual ao da varíola dos macacos, ambos têm semelhanças.

É importante lembrar que não existe uma vacina específica para a varíola dos macacos e nem cura, mas a vacina da varíola comum oferece alguma proteção. A afirmação é da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA).

Ainda de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina da varíola comum consegue ter até 85% de eficácia contra a varíola dos macacos em afirmação dada à imprensa.

Existem duas cepas principais da varíola dos macacos atualmente no mundo: a cepa do Congo, que é grave com taxa de mortalidade de 10%, e a cepa da África Ocidental que é mais branda, com taxa de mortalidade em 1%.

A cepa da África Ocidental, considerada menos grave, foi encontrada em 9 pacientes no Reino Unido, até o momento.

Médicos britânicos pedem que às pessoas fiquem atentas aos sintomas, que podem incluir febre, dores de cabeça, inchaços, dor generalizada, calafrios e exaustão.

Uma erupção cutânea (uma bolha) pode se desenvolver, geralmente começando no rosto, e se espalhar para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais.

A OMS ressalta que, embora o vírus da varíola dos macacos seja muito mais suave do que o vírus da varíola humana, pode ser fatal.

Globalmente, já são 127 casos relatados em 11 países, de acordo com John Brownstein, professor de medicina da Escola de Medicina de Harvard, que está acompanhando os casos.

Fonte(s): The Sun Imagens: Reprodução / The Sun

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