“Extremamente doloroso”, diz mulher que contraiu varíola dos macacos trabalhando em posto de gasolina

A jovem garante não ter se relacionado sexualmente com ninguém e teria contraído tendo contato com cédulas de dinheiro

de REDAÇÃO JORNAL CIÊNCIA 0

Em entrevista à revista People, Camille Seaton, 20 anos, moradora do estado da Geórgia, nos EUA, contou sua experiência após contrair a varíola dos macacos.

Ela desabafou publicamente sobre ocorrido por ser caixa de um posto de gasolina, onde lida com cédulas de dólares o dia todo — o que para ela, foi o foco de transmissão.

“Eu simplesmente não estava sendo cuidadosa e toquei meu rosto e meu corpo, transferindo um monte de germes inconscientemente”, salientou na entrevista.

Sua intenção era mostrar que, o preconceito gerado sobre a doença, onde muitos acreditam que o vírus passa apenas em relações sexuais na comunidade homossexual, é uma grande mentira. O estigma veio após deturparem a informação dada pelo diretor-geral da OMS, que pediu que homens que fazem sexo com outros homens, reduzam a quantidade de parceiros.

Hoje, a ciência sabe que as formas de infecção mais comuns são através do contato “pele a pele” nas relações sexuais, abraços, beijos, secreções, roupas usadas e até roupas de cama. E isso pode ocorrer em toda a população, com qualquer pessoa.

Apesar de parecer absurda a teoria do contato com as notas de dinheiro, especialistas garantem que é possível essa via de transmissão, já que o vírus consegue permanecer ativo, em superfícies diversas, por um certo tempo.  

Camille comentou que percebeu que algo não estava certo com sua saúde em 11 de julho, quando protuberâncias surgiram em seu rosto. “Naquela noite, as lesões já tinham se tornado brancas. Então, eu sabia que tinha alguma coisa”, disse.

Após 5 dias, procurou um hospital para realizar o teste, sendo diagnosticada com varíola dos macacos, apresentando sintomas como febre, fortes dores de cabeça e musculares, além de intenso cansaço.

“Eu tinha muitas lesões nas minhas mãos. Era muito difícil fazer qualquer coisa com as mãos. Não conseguia segurar meu telefone, não conseguia fazer nada em casa, nem dobrar minhas roupas. Foi extremamente doloroso”, salientou.

Camille precisou ficar 3 semanas em total isolamento, inclusive de sua filha criança, até que as erupções na pele sumissem. Ela necessitou fazer uma vaquinha virtual para conseguir se manter em casa neste período sem trabalho.

Ela voltou a ter contato social somente no início de agosto e conta que agora será uma luta contra as cicatrizes deixadas pelas erupções cutâneas que ficaram, principalmente em seu rosto. “Elas vão desaparecer gradualmente, mas você vai perceber para sempre que elas estão lá”, lamenta.

Fonte(s): Portal R7 / Revista People Imagens: Reprodução / TikTok

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