O número de pessoas infectadas com o vírus da varíola dos macacos não para de subir. Ao total, são 1.600 em 39 países.
Esse número reflete dados de 7 países africanos onde a doença é endêmica somado aos 32 países onde começou a circular recentemente.
A OMS ressalta que, além dos 1.600 infectados confirmados, mais de 1.500 casos estão sendo investigados.
De acordo com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, 72 mortes foram registradas em países africanos onde a doença é endêmica, mas ressaltou que nenhuma morte, até o momento, foi detectada nos países de outros continentes.
“Até agora este ano, 72 mortes foram relatadas em países previamente afetados. Nenhuma morte foi relatada até agora nos países recém-afetados, embora a OMS esteja procurando verificar notícias do Brasil de uma morte relacionada à varíola dos macacos”, disse Tedros Adhanom à imprensa.
A declaração de Adhanom sobre o Brasil refere-se a uma morte, em Minas Gerais, que está sendo investigada, após o país confirmar o terceiro caso de varíola dos macacos no último domingo (12/06).
O Comitê de Emergência sob o Regulamento Sanitário Internacional irá convocar, na próxima semana, reunião para decidir se o atual cenário é representativo para um surto que justifique classificar como emergência internacional de saúde pública.
O diretor-geral ainda declarou que os especialistas estão trabalhando para mudar o nome do vírus “varíola dos macacos” e a doença que causa, o mais rápido possível, para evitar confusão.
“Também é essencial aumentar a conscientização sobre os riscos e ações para reduzir a transmissão da varíola dos macacos para os grupos de maior risco, incluindo homens que fazem sexo com homens e seus contatos próximos”, afirmou Adhanom.
A OMS recomenda que pessoas de grupos prioritários, como profissionais de saúde e de laboratório de análises clínicas que trabalham com diagnósticos da doença, além de outras categorias, sejam vacinados contra a varíola.
A Organização salientou que é importantíssimo que as vacinas sejam distribuídas de forma equitativa entre os países, evitando a corrida e o monopólio que vimos durante os surtos de Covid-19, onde os países mais ricos detiveram a maior parte das doses disponíveis, deixando outros países com quantidades insuficientes.
Fonte(s): CNN Brasil / ABC News Imagens: Reprodução / Republic World