Câncer de pâncreas: Após fezes branco-acinzentadas, homem de 32 anos recebe diagnóstico letal; conheça os sintomas

Matthew Rosenblum desafia as estatísticas após diagnóstico de câncer de pâncreas em estágio avançado. Conhecido como “assassino silencioso”, o câncer de pâncreas raramente revela sintomas até ser quase incurável

de OTTO HESENDORFF 0

Em janeiro de 2021, Matthew Rosenblum, então com 32 anos e residente em Michigan, EUA, enfrentou um diagnóstico devastador: câncer de pâncreas em estágio quatroConhecido por ser um dos tipos de câncer mais letais devido ao seu diagnóstico tardio e rápida progressão, o câncer de pâncreas é descrito frequentemente como um “assassino silencioso”.

Os médicos deram a Rosenblum apenas 1 ano de vida, mas quase 4 anos depois, ele continua a desafiar as probabilidades com uma história de perseverança e descoberta médica.

Inicialmente, Rosenblum notou perda de peso e alterações na coloração das fezes para um tom branco-acinzentado, sintomas que inicialmente atribuiu a problemas relacionados à Doença de Crohn, diagnosticada anteriormente.

Com o tempo, outros sintomas preocupantes, como urina escura, icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), fadiga e coceira intensa nas palmas das mãos e solas dos pés, começaram a surgir.

Mas, uma nova crise de coceira nas palmas das mãos e solas dos pés (algo já relatado por pacientes com câncer) o levou ao hospital onde exames de sangue revelaram níveis elevados de bilirrubina, sugerindo uma obstrução no ducto biliar.

Exames adicionais identificaram um estreitamento do ducto da vesícula, que foi tratado. Mas os sintomas pioraram e foi somente após sua grande insistência com os médicos em fazer novos exames que foi descoberto um tumor na Ampola de Vater, uma área crítica onde os ductos pancreático e biliar se juntam.

A doença, que é diagnosticada em estágios avançados em cerca de 80% dos casos e apenas 3% dos pacientes sobrevivem mais que 5 anos após o diagnóstico, parecia ter selado o destino de Rosenblum.

O Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos estima que, apenas no último ano, foram diagnosticados 64.000 casos de câncer de pâncreas, resultando em mais de 50.000 mortes. A maioria dos pacientes tem mais de 65 anos, e apenas 1,9% dos casos ocorrem em pessoas com a idade de Rosenblum.

Ele foi submetido a uma agressiva quimioterapia, que não só falhou em reduzir o tumor, mas causou danos nervosos debilitantes. Desesperado, Rosenblum foi informado de que, devido à mutação no gene BRCA2, terapias direcionadas poderiam ser uma opção.

Uma combinação de medicamentos, incluindo gemcitabina, nab-paclitaxel e cisplatina, conhecida como terapia GAP, finalmente ofereceu a Rosenblum não só uma melhora na qualidade de vida, mas também resultados promissores nos exames de imagem.

Surpreendentemente, as manchas cancerosas no fígado começaram a diminuir, permitindo que os médicos realizassem com sucesso a Cirurgia de Whipple, removendo a maior parte do câncer.

Atualmente, ele se submete a exames regulares a cada 3 meses e mantém um espírito de otimismo, conscientizando sobre a importância de não ver o diagnóstico como uma sentença de morte automática. “Não sou apenas uma estatística”, enfatiza Rosenblum, que continua a viver cada dia ao máximo, mesmo com a consciência da baixa probabilidade de sobrevivência a longo prazo.

“Você não é uma estatística. Fui diagnosticado com algo que eu não deveria ter na minha idade, que deveria me matar, e não matou. Tome uma bebida, coma aquele hamburguer e viva a sua vida da melhor forma que puder”, enfatiza Rosenblum inspirando pessoas como lembrete da capacidade humana de enfrentar adversidades e a importância de persistir com esperança. 

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Fonte(s): Daily Mail Imagem de Capa: Reprodução / Daily Mail 

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