Lois Walker, 37 anos, teve dor de estômago por mais de 12 meses, e os médicos não acharam necessário exames; foi somente quando seu filho Ray nasceu por cesariana que ela foi diagnosticada com câncer em estágio 4.
A mãe de 3 filhos fez 20 ligações para seu médico durante o isolamento social, na Inglaterra, e foi várias vezes ao pronto-socorro, onde apenas recebia remédios para ansiedade e ordens para ficar longe de leite e derivados.
Ao realizar uma cesariana para o nascimento de seu filho, os médicos ficaram perplexos ao encontrarem câncer em seus ovários, no revestimento de seu abdômen e nos gânglios linfáticos, em estágio terminal.
E, embora tenha feito 6 rodadas de quimioterapia e duas cirurgias oncológicas, os médicos agora dizem que não há como impedir o avanço do câncer, recebendo apenas cuidados paliativos.
“Tudo isso tem sido absolutamente diabólico. Eles se autodenominam profissionais da saúde, e deveriam estar nos atendendo, mas isso é negligência. Sinto que poderia ter sido descoberto mais cedo, e estou deixando três filhos”, desabafou Lois.
Lois passou mal pela primeira vez em junho de 2020, quando experimentou estranhos hábitos de ir ao banheiro constantemente e inchaço ao redor do diafragma.
Ela ligava constantemente para os médicos do posto de saúde de sua cidade e foi dezenas de vezes ao pronto-socorro Barnsley Hospital, onde era informada ter apenas Síndrome do Intestino Irritável, por conta das diarreias e inchaços.
Lois só piorava e continuava ligando para seus médicos, mas ela foi tachada de hipocondríaca — patologia psicológica onde a pessoa acredita ter doenças — e foi fornecido medicamentos para ansiedade, por estar procurando “excessivamente” o hospital.
Em dezembro de 2020, Lois descobriu que estava grávida, mas 14 semanas depois sentiu uma dor insuportável. “Eu não conseguia lidar com essa dor, e quanto mais a gravidez avançava, mais excruciante se tornava. Chegou ao ponto em que eu não conseguia andar ou comer”, disse Lois em entrevista ao jornal The Sun.
Ela voltou a procurar os médicos no pronto-socorro e continuou ser desacreditada: “O médico disse que eu estava com o mesmo peso de 12 meses atrás e, por estar grávida de 9 meses, não parecia soar nenhum alarme para nada grave”.
Lois disse que quando a dor ficou completamente insuportável, começou a criticar duramente os médicos por não levar seus sintomas em consideração. Apenas após isso foi internada no mesmo pronto-socorro, recebendo morfina para dor.
Inacreditavelmente, apesar de estar internada, os médicos não estavam dispostos a fazer exames para investigar a dor. Apenas após dias de angústia, o médico de Lois realizou uma análise completa, encontrando uma “massa atrás do útero”, pedindo uma cesariana no dia seguinte.
Antes de realizar a cesárea, o médico que a acompanhou todo este tempo, informou que, possivelmente, a massa encontrada atrás de seu útero poderia ser câncer.
Durante a cesárea, o médico ficou assustado e chamou vários outros médicos, coletando diversas amostras para biópsia: “O médico agarrou minha mão e começou a chorar e disse que havia me decepcionado”, comentou Lois.
A quimioterapia não fez efeito e o câncer se espalhou para diversos órgãos. Lois está em estágio terminal e apenas recebe medicamentos de cuidados paliativos.
Fonte(s): The Sun Imagens: Reprodução / The Sun