Após o devastador furacão Helene, autoridades dos Estados Unidos estão em alerta sobre os riscos potenciais de incêndio em veículos elétricos expostos à água salgada. A exposição pode danificar componentes das baterias, gerando reações químicas perigosas.
Os residentes das áreas evacuadas são orientados a não tentar mover os veículos e a contatar serviços de emergência para informar onde estão seus carros, caso os donos não consigam ter acesso.
Com perdas estimadas em até US$ 110 bilhões, o furacão deixou 3,4 milhões de residências e empresas sem energia, causando graves danos, especialmente na Carolina do Norte, o estado mais afetado — o que sugere que o furacão Helene possa ser um dos mais destrutivos da história dos EUA.
O país recrutou 3.200 funcionários para uma operação de limpeza em 6 estados que declararam emergência. O furacão, que teve pico de ventos de 225 km/h, perdeu força e atingiu o país como uma tempestade de categoria 4 (uma escala que vai até 5).
Em vários pontos, a água atingiu quase 1,5 metro. Os números mais recentes, atualizados nesta terça-feira (01/10) mostram que 116 pessoas morreram durante a passagem do furacão e centenas estão desaparecidas. O Departamento de Segurança Interna dos EUA acredita que o número total de mortos possa ultrapassar os 600.
Riscos com veículos elétricos
A água salgada pode comprometer os sistemas internos das baterias dos veículos elétricos. Após o furacão, as autoridades têm enfatizado o perigo de incêndios em baterias que foram submersas.
A recomendação é que os veículos que ficaram em áreas inundadas sejam inspecionados por especialistas. Além disso, os proprietários são instruídos a não tentar mover esses carros sozinhos, especialmente se estiverem estacionados em garagens ou áreas fechadas.
A água marinha pode danificar as baterias porque contém íons de diversos sais dissolvidos que são altamente corrosivos. Quando entra em contato com os componentes internos das baterias de íon de lítio, ocorre uma reação química que pode resultar em superaquecimento ou curto-circuito.
Esse curto-circuito pode levar à fuga térmica, um processo no qual a temperatura da bateria aumenta rapidamente, potencialmente causando incêndios ou até explosões.
Além disso, o lítio presente nas baterias é altamente reativo, especialmente em contato com a água, o que pode acelerar o processo de aquecimento e aumentar o risco de acidentes.
Especialistas recomendam que, em caso de submersão de um veículo elétrico em água salgada, ele não deve ser movido sem avaliação de um técnico qualificado, e a área deve ser isolada para evitar riscos de incêndio.
A segurança em torno dos veículos elétricos, especialmente em regiões suscetíveis a desastres naturais, continua sendo um ponto de atenção importante, e os fabricantes estão continuamente aprimorando tecnologias para aumentar a resistência a condições adversas, mas apesar disso, as baterias ainda continuam bastante suscetíveis.
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