EUA confirmam primeiro caso de varíola dos macacos em homem que viajou para o Canadá

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) disse que este é o primeiro caso, mas admite que podem existir “outros infectados”

de Redação Jornal Ciência 0

Os Estados Unidos informaram, através do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o primeiro caso de varíola dos macacos em um homem do estado de Massachussetts.

O paciente viajou recentemente para o Canadá — o que preocupa sobre a possibilidade de transmissão para outras pessoas durante sua viagem e hospedagem.

O homem está internado no Massachusetts General Hospital desde o dia 12/05, em uma sala completamente isolada especial para doenças infecciosas, mas somente em 17/05 veio a confirmação de infecção, de acordo com o Dr. Paul Biddinger, em coletiva de imprensa.

Os médicos não sabem dizer como o paciente se infectou. O Dr. Paul Biddinger comentou que está preocupado com o que está vendo agora.

“Historicamente, é uma doença muito rara, com transmissão muito rara, em todo o mundo. O que vimos no Reino Unido, na Espanha e na Europa, tem sido novo e isso nos preocupa, mas, acho que apropriadamente, as pessoas não devem ter medo agora”, disse.

A Dra. Erica Shenoy, do mesmo hospital, comentou que o paciente “não representa risco à saúde pública”, ressaltando que as pessoas “devem estar cientes dos sintomas, mas não ter medo”.

As análises mostraram que o vírus do paciente é da cepa da África Ocidental, conhecida por ter menos gravidade e o CDC está monitorando e rastreando as pessoas que tiveram contato com o paciente, inclusive no Canadá.

O Canadá disse, através da Agência de Saúde Pública do país, que nenhum caso de varíola dos macacos, até o momento, foi identificado.

O CDC dos EUA disse que está rastreando os casos na Europa e comentou em comunicado à imprensa: “Não está claro como as pessoas nesses grupos foram expostas à varíola, mas os casos incluem indivíduos que se identificam como homens que fazem sexo com homens”.

“Muitos desses relatos globais de casos de varíola dos macacos estão ocorrendo dentro das redes sexuais. No entanto, os profissionais de saúde devem estar alertas a qualquer erupção cutânea que tenha características típicas da varíola dos macacos”, afirmou o Dr. Inger Damon, diretor da Divisão de Patógenos de Alta Consequência do CDC.

Pessoas que tiveram contato com possíveis infectados e que apresentem erupções cutâneas ou lesões incomuns na pele, bem como inchaço dos gânglios linfáticos acompanhado de febre, devem procurar atendimento médico.

Atualmente, sabe-se que o vírus da “varíola dos macacos” pode ser transmitido através de fluidos corporais, feridas e até mesmo o uso compartilhado de roupas ou roupas de cama, como lençóis, que estejam contaminados com o vírus.

O CDC ressaltou que existe a possibilidade de contaminação por gotículas respiratórias, especialmente se for em ambiente fechado. A possibilidade de transmissão, diretamente por relação sexual, está sendo estudada, embora cientistas britânicos acreditem nesta hipótese.

Fonte(s): FOX / CNN Imagens: Reprodução / FOX TV

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