Madrid, capital da Espanha, confirma oficialmente que identificou 7 casos de pacientes infectados com o vírus da varíola dos macacos. Além disso, afirmou estar monitorando 22 casos suspeitos.
Isso demonstra que o vírus da varíola dos macacos parece não ter ficado nas barreiras do Reino Unido — onde surgiram os primeiros casos na Inglaterra.
O Ministério da Saúde lançou um alerta sanitário após a comunicação dos casos no país. De acordo com os dados obtidos pelo jornal El Mundo, sugere-se que as infecções ocorreram por contato com membranas mucosas, durante relações sexuais.
Isso pode reforçar, em hipótese, a teoria dos cientistas britânicos de que a varíola dos macacos conseguiu adquirir capacidade de ser transmitida pelo sexo.
Os pacientes infectados estão sendo monitorados pelas autoridades espanhola de saúde e estão evoluindo positivamente.
Apesar de estarem isoladas em suas casas, podem necessitar de internamento hospitalar nos próximos dias, durante a evolução da doença.
A Direção Geral de Saúde Pública de Madrid aguarda os resultados dos exames laboratoriais e avalia o uso de possíveis medicamentos antivirais e estuda se a vacina contra a varíola humana teria algum papel no controle da transmissão da varíola dos macacos.

É importante lembrar que a varíola humana é diferente da varíola dos macacos e, portanto, não existe vacina ou cura conhecidas para a infecção por este tipo de vírus. De acordo com a OMS, a doença pode matar de 1 a 10% dos infectados.
As entidades de saúde de Madrid disseram que estão realizando uma investigação epidemiológica dos afetados e identificando possíveis contatos — para evitar a propagação do vírus.
A varíola dos macacos é uma infecção viral rara. Os casos detectados geralmente estão associados com viagens à África Ocidental, onde, apesar de ser uma zoonose rara, é o continente com histórico de maior número de infectados das últimas décadas.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a Nigéria, entre 2017 e abril de 2022, foram confirmadas 241 infecções com 8 mortes.
Acredita-se que o principal hospedeiro do vírus não seja os macacos, mas sim roedores, que acabam transmitindo o vírus para outros animais, dentre eles primatas como macacos, símios e, posteriormente, humanos.
Fonte(s): El Mundo Imagens: Reprodução / Daily Express