Na África, crianças “imunes” à Aids foram encontradas, mas especialistas não sabem explicar o motivo

de Merelyn Cerqueira 0

Todos os anos, milhares de pessoas são infectadas com o vírus HIV. No entanto, em um estudo liderado por pesquisadores de Oxford, revelou-se que um grupo de crianças na África do Sul desenvolveu uma defesa contra o vírus, que basicamente o impede de atacar o corpo e evoluir para AIDS.

De acordo com um vídeo publicado orginalmente pela Business Insider, foi observado que somente primatas não humanos foram capazes de desenvolver imunidade contra a AIDS, mas o processo levou milhares de anos e teve como base a seleção natural.

No entanto, ao que tudo indica, a mesma coisa parece estar acontecendo com um grupo de crianças. Os pesquisadores testaram o sangue de 170 delas residentes na África do Sul, todas positivas para o vírus do HIV. Porém, a AIDS não havia avançado em nenhuma e, curiosamente, seus sistemas imunológicos estavam relativamente saudáveis. 

De acordo com Ann Chahroudi e Guido Silvestri, da Universidade de Emory, nos EUA, “tratam-se dos primeiros sinais de coevolução do HIV em seres humanos”.

Mas como isso poderia acontecer?

Os pesquisadores ainda estão tentando identificar o mecanismo responsável, mas ao que tudo indica, o sistema imunológico das crianças está simplesmente ignorando o vírus completamente, o que, de acordo com eles, é inédito. 

Em condições normais, o sistema imunológico ataca o HIV agressivamente. Por causa desse ataque, as defesas do corpo tendem a ficar enfraquecidas, o que permite que o vírus tome o controle.

Para Phillip Goulder, da Universidade de Oxford, “uma das coisas que se sobressai neste estudo é que a doença do HIV não é tanto sobre o vírus, mas sim sobre a resposta imune a ele”,

Em 2013, estima-se que houveram cerca 210 mil novas infecções por HIV entre crianças na África Subsaariana. Por outro lado, a nova descoberta poderia revolucionar a forma como os cientistas consideram os tratamentos contra o HIV.

[ Fonte: Business Insider ]

[ Foto: Reprodução ]

Jornal Ciência