Carl Knight, um caçador britânico de 45 anos, natural da cidade de Surrey, já abateu leões, elefantes, leopardos e búfalos, os chamados “Big Five” (Cinco Grandes), na África.
Em uma tentativa de justificar seus atos, ele defendeu os ataques a animais selvagens no sul da África como um ato de “conservação”.
Knight entrou em contato com o jornal Mirror após aparecer em uma reportagem sobre ser o único caçador britânico a matar os chamados Big Five. Ele possui uma empresa, a Take Aim Safaris, em que organiza viagens de caça legal na África do Sul, Namíbia e Zimbábue.
“Na África do Sul, a caça faz parte de uma história de conservação de grande sucesso que gira em torno da caça”, disse ele ao Mirror.
“É a criação comercial de animais silvestres em benefício da comunidade, da terra e dos proprietários de terra. Todos apreciam os inúmeros frutos de caçadores locais e estrangeiros”.
“A diferença é que os animais que são criados para caçar (com exceção do leão) na África do Sul, vivem livremente todas as suas vidas sem intervenção humana além de viverem em grandes áreas cercadas, muitas vezes com muitos milhares de hectares”.
Polêmicas afirmações
Pai de dois filhos, ele insistiu que os animais devem viver livres até o momento que for necessário para que sejam mortos por um caçador pagante.
Knight afirmou que as aldeias da região onde realiza suas caçadas recebem uma cota dos serviços para compensar os danos causados. Segundo ele, esse dinheiro ajuda na compra de comida, remédios e água. Há também a distribuição da carne de caça.
Dessa forma, o modelo é perfeito porque “já salvou rinocerontes, búfalos, leões e muitos outros animais da extinção”, segundo ele.
Caçador: animais precisam morrer
Knight acredita que os animais “devem morrer” ou serem “caçados para que os danos causados por eles sejam pagos com a distribuição da carne”.
Do mesmo modo, ele afirmou ter participado de mais de 400 caçadas na África, com clientes pagando até 50 mil euros para abater um leão.
Definitivamente as desculpas do caçador geraram revolta na internet, com grupos de ativistas dos direitos dos animais afirmando se tratar de uma tentativa de defender atitudes inaceitáveis.
“Em algumas décadas, as pessoas vão olhar para trás, para os gostos deste senhor, com espanto diante das ridículas desculpas que inventou para tentar defender o que não tem defesa”, disse um porta-voz da The Campaign to Ban Trophy Hunting, uma campanha que visa proibir a caça esportiva.
Fonte: Mirror Fotos: Reprodução / Mirror