Rússia divulga, oficialmente, vídeo do teste com a bomba nuclear mais potente já criada

Agência de energia nuclear russa divulgou imagens do teste de Tsar Bomba de 1961, da antiga União Soviética.

de Redação Jornal Ciência 0

A bomba nuclear de hidrogênio – a arma mais mortal do mundo – não tem um limite de tamanho teórico. Quanto mais combustível, maior será a explosão.

Quando os Estados Unidos, em 1952, a detonaram pela primeira vez, sua força destrutiva era 700 vezes maior que a da bomba atômica que varreu a cidade de Hiroshima.

Na mesma época, considerada a fase mais sombria da Guerra Fria, soviéticos e americanos não competiam apenas para construir o máximo número de armas, mas para construir a maior de todas.

“Houve uma corrida de quem teria uma bomba maior. E os soviéticos venceram”, disse o historiador Robert S. Norris.

Na semana passada, a Agência de Energia Nuclear da Rússia, Rosatom, lançou um documentário de 30 minutos, anteriormente secreto, sobre a maior detonação de bomba de hidrogênio do mundo.

De vários ângulos e distâncias, o vídeo mostra o desenvolvimento da gigantesca nuvem em forma de cogumelo da arma, sugerindo o poder de agitação da bomba e a força quase apocalíptica. A Rússia já havia divulgado fotos e videoclipes do dispositivo, conhecido oficialmente como RDS-220.

A força explosiva do dispositivo – disparado em 30 de outubro de 1961 – foi de 50 megatons, o equivalente a 50 milhões de toneladas de explosivo convencional.

Isso a tornou 3.333 vezes mais destrutiva do que a arma usada em Hiroshima, no Japão, e também muito mais poderosa do que a arma de 15 megatons disparada pelos Estados Unidos em 1954, em sua maior explosão de bomba de hidrogênio.

“A história, há muito tempo, dá crédito aos russos por criar e demonstrar a lição aterradora sobre por que as armas de hidrogênio, como categoria, são conhecidas como impensáveis”, finaliza Norris.

Veja abaixo um trecho das imagens inéditas divulgadas pelos russos: 

Fonte: NY Times Fotos: Divulgação

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