Vida na Terra tem 100% de chances de extinção, a menos que procuremos outros planetas, diz o bilionário Elon Musk

O empresário respondeu a um tweet sobre um estudo recente alegando que há evidências de que um sexto evento de extinção em massa está a caminho

de Redação Jornal Ciência 0

O CEO da Tesla e da SpaceX, o mega bilionário Elon Musk, afirmou que todas as espécies no planeta têm “100% de chances” de serem extintas em um evento de extinção em massa, a menos que os humanos saiam da Terra e colonizem diversos outros planetas. 

Musk respondeu a um comentário no Twitter sobre um estudo recente, que afirma que há evidências de que um sexto evento de extinção em massa da biodiversidade global está a caminho, desta vez causado inteiramente por atividades humanas.

O estudo em questão, publicado na revista científica Biological Reviews, mostra que estamos próximos de uma sexta extinção em massa totalmente provocada pela ação humana.

De acordo com o empresário bilionário Elon Musk, em resposta direta a um tweet sobre o estudo de Cowie, é inevitável que toda a vida na Terra seja extinta — independentemente do evento de extinção em massa ser feito por mãos humanas.

Em vez de os humanos serem a causa, porém, o bilionário aponta para uma crise de natureza muito diferente: a expansão do Sol. Para Musk, até mesmo a extinção pela expansão do Sol pode ser evitada e a raça humana perpetuar se entendermos que podemos sair da Terra e habitar novos planetas. Ele nunca escondeu suas ambições de colonizar Marte usando sua empresa SpaceX.

As análises do atual estudo mostram que a extinção está ocorrendo gradualmente, desde pelo menos o início do século 16. O estudo mostra que a partir de 1.500, cerca de 7,5% a 13% das espécies foram extintas, o que significa algo em torno de 150.000 a 260.000.

Alguns negam que isso esteja acontecendo. Ou, mais precisamente, eles negam que o declínio ou a extinção total de muitas espécies aponte para um evento de extinção em massa. Mas, o estudo liderado pelo professor Robert Cowie, da Universidade do Havaí, argumenta que isso é resultado de um viés.

A maioria dessas avaliações se concentra em mamíferos e aves, disse o professor de pesquisa, ignorando completamente os invertebrados, a maior parte da biodiversidade da Terra.

A gravidade da situação varia. Especificamente, a vida vegetal é impactada em um ritmo mais lento, e as espécies terrestres — especificamente em ilhas como o Havaí — são muito mais afetadas do que nos continentes.

“Os humanos são a única espécie capaz de manipular a biosfera em grande escala. Não somos apenas mais uma espécie evoluindo diante de influências externas. Somos a única espécie que tem uma escolha consciente em relação ao nosso futuro e da biodiversidade da Terra”, enfatizou o professor Cowie em um comunicado à imprensa.

A falta de vontade política para combater o problema só agrava a opinião pública, afirma o professor Cowie. E se as pessoas continuarem a negar que um sexto evento de extinção em massa esteja ocorrendo, a situação só vai piorar.

“Negar a crise, aceitá-la sem reagir, ou mesmo incentivá-la, constitui uma revogação da responsabilidade comum da humanidade e abre caminho para que a Terra continue em sua triste trajetória rumo à Sexta Extinção em Massa”, alertou o professor.

De acordo com o astrônomo israelense-americano Avi Loeb, da Universidade de Harvard, um possível navio de vela leve poderia um dia ser usado como uma espécie de “Arca de Noé” para salvar a vida na Terra.

Seu argumento é mais plausível porque a humanidade já “gastou uma quantia considerável de dinheiro para destruir o planeta”, afirma. Sua ideia seria diferente da de colonização de Musk, no entanto.

“Não precisa ser uma grande espaçonave — só precisa ter uma inteligência artificial, um computador grande o suficiente com o DNA de cada criatura viva e uma impressora 3D”, disse Loeb à imprensa.

Em algumas décadas, seria como reconstruir a vida sintética, e com uma impressora 3D poderíamos fazer isso. “Com um computador, impressora 3D e inteligência artificial usando o nosso DNA, poderíamos reconstruir tudo”, acredita o astrônomo.

Fonte(s): Jpost / Tech Times Imagens: Reprodução / Pixabay

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