Muskura Bibi, 23 anos, do leste da Índia, deu à luz um bebê vítima de uma condição extremamente rara que prejudicou o desenvolvimento de suas pernas, chamada de Síndrome da Sereia, clinicamente conhecida como Sirenomelia.
O bebê morreu apenas quatro horas depois do nascimento.
Os pais da criança afirmaram que não puderam pagar por exames e medicamentos durante a gravidez. Logo, não sabiam da condição do bebê até o nascimento, que ocorreu por meio de um parto normal no hospital Chittaranjan Deva Sadan, administrado pelo governo de Kolkata, no leste da Índia.
“Os pais não buscaram a medicação adequada durante a gravidez por falta de dinheiro”, disse o médico do hospital, Dr. Sudip Saha. “Descobrimos que a mãe não havia feito ultrassonografia durante a gestação”.
“Nunca tinha visto um bebê desse tipo antes. É o primeiro caso de Sirenomelia no estado e o segundo no país”, afirmou.
“O bebê teve formação normal na parte superior do corpo, mas abaixo da cintura suas pernas foram fundidas, não se desenvolvendo completamente. A falta de nutrição adequada e a circulação sanguínea imprópria para o bebê podem criar esse tipo de anormalidade”, acrescentou.
Em 2016, uma mulher de Uttar Pradeash, no norte da Índia, deu à luz o primeiro “bebê sereia” conhecido do país, mas que só sobreviveu por 10 minutos.
De acordo com a historiadora médica Lindsey Fitzharris, com doutorado da Universidade de Oxford, a condição, que é extremamente fatal, ocorre quando o cordão umbilical não consegue formar duas artérias.
Como resultado, o suprimento de sangue para o feto é prejudicado: “Não há relatos de pessoas com esta condição que sobreviveram”, disse.
“A maioria morre dias depois devido a insuficiência renal e da bexiga”, completou.
O que é a Síndrome da Sereia?
Também conhecida como Sirenomelia, trata-se de uma doença extremamente rara que causa uma fusão parcial ou completa das pernas. Ela é afeta um entre 60.000 e 100.000 nascimentos, que desenvolvem complicações gastrointestinais e rins subdesenvolvidos ou ausentes.
As causas ainda são desconhecidas – embora existam teorias não aceitas por toda a comunidade científica.
A maioria dos pacientes morre logo após o parto devido a complicações pulmonares e defeitos cardíacos, de acordo com informações da Organização Nacional para Distúrbios Raros.
Fonte: Daily Mail Fotos: Reprodução / Daily Mail