Variante indiana com dupla mutação já se espalhou para 53 países, afirma OMS

De acordo com a Agência Mundial da Saúde, a variante B.1.617 tem maior transmissibilidade, enquanto sua gravidade e risco de infecção ainda estão sob investigação.

de Redação Jornal Ciência 0

A Organização Mundial da Saúde (OMS) detalhou em um relatório que a variante indiana da Covid-19 já se espalhou oficialmente por 53 países.

Além disso, o relatório indica que, de acordo com informações de fontes não oficiais, a variante denominada B.1.617, já teria sido detectada também em mais 7 outros países. Se isso for confirmado, subiria para 60 o número de países atingidos.

Identificado pela primeira vez na Índia no ano passado, a OMS em maio classificou a B.1.617 como uma “variante de preocupação global”.

Os nomes das diferentes mutações do coronavírus foram nomeados de forma genérica, seguindo o local de onde foram detectados pela primeira vez, assim como ocorreu com as cepas sul-africana, brasileira e britânica.

A variante B.1.617 apresenta maior transmissibilidade, concluiu a OMS, que continua estudando se isso pode ou não significar uma maior gravidade e maior risco à saúde por sua infecção.

“Apesar da tendência global de queda nas últimas quatro semanas, a incidência de casos e mortes por Covid-19 permanece alta, e aumentos substanciais foram observados em muitos países ao redor do mundo”, lamenta a agência.

A cepa indiana está presente em menos países do que três outras mutações de coronavírus. Segundo dados da OMS, a variante da Inglaterra foi detectada em 149 países, a sul-africana em 102 e a brasileira em 59 — até o momento.

Da mesma forma, a OMS sublinhou que “ainda se espera uma evolução do vírus”, porque “quanto mais circular o SARS-CoV-2, mais oportunidades têm de evoluir”.

Para ajudar a combater as mutações existentes e novas, a organização afirmou em seu relatório que a população deve continuar a usar “métodos comprovados de controle de doenças” — como uso de máscara, álcool gel e distanciamento social — pois são “aspectos cruciais da estratégia global” para reduzir a transmissão. 

Fonte(s): RT Imagens: Reprodução / Shutterstock

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