A variante chamada BA.2 foi descoberta no Brasil e é considerada uma “prima-irmã” da Ômicron. Esta variante, atualmente, é a dominante em países como Dinamarca e Índia — e é mais transmissível do que a variante Ômicron “original”.
De acordo com informações da BBC Brasil, o Ministério da Saúde divulgou que foram identificados 2 casos em São Paulo e 2 casos no Rio de Janeiro.
Desde que a Ômicron foi identificada na África do Sul em novembro de 2021, os cientistas puderam descobrir diversas mutações e linhagens derivadas da Ômicron em outros países, adquirindo novas características.
Apesar de ter chegado no Brasil, é importante salientar que as mutações são “fenômenos” esperados em qualquer infecção provocada por vírus.
Ao passar de uma pessoa para outra, o vírus tende a sofrer naturalmente mutações. Algumas, são consideradas aleatórias e não resultam em nenhum fator preocupante adicional.
Mas, as mutações preocupam os cientistas porque sempre há a possibilidade de que uma nova mutação, muito mais transmissível e agressiva que a anterior, possa surgir, o que sempre deixa a ciência mundial em dúvida se estamos ou não protegidos com as vacinas atuais.
É através de um rígido controle e testes incansáveis sobre as novas variantes que podemos entender como o vírus está se comportando ao redor do mundo para permitir aos cientistas saber o que fazer ou quais modificações de “adaptação” realizar nas vacinas que temos.
A preocupação dos cientistas é que alguma variante possa surgir e escapar completamente da proteção imunológica.
A nova variante BA.2 está ganhando notoriedade em países como a Dinamarca, onde 35% do material genético das amostras colhidas foram sequenciadas, o que permite que possamos identificar rapidamente as mudanças e suas novas características — com a tecnologia atual, podemos sequenciar as mutações em questão de horas.
A Ômicron BA.1 é um dos vírus mais infecciosos que surgiram no mundo nos últimos 100 anos. E a nova variante “prima” da Ômicron, BA.2, é ainda mais transmissível, comentou o geneticista David Schlesinger à BBC.
“Ela poderia ter sido catastrófica caso não tivéssemos um contingente de pessoas com um bom nível de imunidade pela vacinação e pelos casos prévios, que seguem protegendo contra quadros mais graves na maioria das vezes”, relatou ela na entrevista.
A ciência estima que a nova variante BA.2 seja 33% mais infecciosa que a versão “original” da Ômicron.
Fonte(s): BBC Imagens: Reprodução / Trinity Care Foundation