Astrônomos acabam de anunciar que um objeto antes não identificado, visto à espreita na parte de trás do nosso Sistema Solar, trata-se de algo muito maior do que anteriormente acreditavam.
Ao que tudo indica, parece ser ligeiramente menor do que Plutão e Eris, o que sugere que também seja um planeta anão – até o momento, o terceiro maior da Via Láctea e maior do que muitos corpos celestes do nosso Sistema.
Essa, no entanto, não é a primeira vez que uma observação desse porte no nosso Sistema Solar surpreende os especialistas – por exemplo, há algumas semanas, cientistas anunciaram ter descoberto uma lua escondida em Plutão. O que elas têm em comum é que, ambas são extremamente difíceis de serem detectados.
Ainda sem nome oficial, o objeto foi rotulado como 2007 OR10, e por vezes, apelidado de “Branca de Neve”. Encontra-se em órbita do Sol a partir das frias e escuras ‘profundezas’ do cinturão de Kuiper, muito além de Netuno.
Desde quando foi avistado pela primeira vez em 2007, os astrônomos acreditavam que ele possuía cerca de 1.280 quilômetros de diâmetro. Mas agora, utilizando dois telescópios espaciais e incluindo dados do Kepler, conseguiram estudá-lo melhor. Assim, seu tamanho oficial foi para 1.535 km de diâmetro. Sendo pouco menor que Plutão e Eris.
De acordo com os cientistas, o fato de 2007 OR10 ser incrivelmente escuro e lento (rotação de 45 horas, uma das mais longas do Sistema Solar) é a causa da demora para a identificação. Além disso, sua superfície vermelha escura – que os cientistas acreditam estar relacionada ao constante derretimento de gelo de metano – dificilmente reflete toda a luz. Ele também possui uma órbita estranha, elíptica e que torna difícil para vê-lo por um período de tempo consistente.
A técnica utilizada para descobri-lo foi tão bem-sucedida que a equipe agora vai usá-la para saber mais sobre potenciais planetas anões misteriosos à espreita de nosso Sistema Solar.
[ Science Alert ] [ Foto: Reprodução / NASA ]