12 novas luas são descobertas em Júpiter e planeta gasoso agora possui 92, diz estudo

Anteriormente, Júpiter ficava atrás de seu vizinho, Saturno, que possui 83 luas confirmadas até o momento

de Redação Jornal Ciência 0

O estudo do astrônomo Scott Sheppard, da Carnegie Institution for Science, comprovou a existência de 12 novas luas no gigante gasoso Júpiter. Agora, são 92 luas ao total.

Anteriormente, o recordista era Saturno com 83 luas. A informação foi confirmada e os novos satélites naturais foram inseridos na lista oficial do Centro de Planetas Menores, da União Astronômica Internacional — uma sociedade científica fundada em 1919.

A International Astronomical Union (IAU) tem a missão de promover a ciência astronômica e proteger os dados de pesquisa e desenvolvimento na área, com cooperação internacional de 12.437 membros em 108 países, colaborando com organizações em todo o mundo.

As 12 novas luas foram descobertas através de observações feitas entre 2021 e 2022 usando telescópios do Havaí e Chile.

A afirmação veio apenas após suas órbitas serem acompanhadas através de observação rigorosa, mostrando que orbitam o gigante gasoso. As novas luas possuem entre 1 e 3 quilômetros.

Scott Sheppard disse à Associated Press que espera que, em breve, imagens de todas elas sejam registradas pelos telescópios mais potentes, para que estudem suas origens.

Ao longo dos anos, o cientista Sheppard participou da descoberta de várias luas em Saturno e de 70 luas em Júpiter, juntamente com equipes de outros astrônomos.

Segundo as teorias mais aceitas, Júpiter está repleto de luas pequenas porque existiam luas gigantes que entraram em colisão entre si ou foram fragmentadas por asteroides.

O mesmo fato teria ocorrido em Urano que possui 27 luas, e com Netuno, com suas 14 luas. Estas luas, em geral, estão muito distantes de seus planetas e suas órbitas alongadas e tamanhos minúsculos dificultam as observações.

Apesar de 12 luas terem sido descobertas, Sheppard afirma que, provavelmente, apenas 6 serão nomeadas porque possuem tamanho suficiente para merecer o título — maiores que 1,5 quilômetro.

A descoberta não foi anteriormente possível porque Júpiter estava alinhado com estas luas e com corpos celestes extremamente distantes, no famoso Cinturão de Kuiper.

Este cinturão é um “disco gelado” contendo trilhões de objetos estelares, como asteroides, orbitando nossa estrela. Está localizado após Netuno, com distância máxima de até 7 bilhões de km do Sol, na borda do Sistema Solar.

Visão de Europa para seu planeta, Júpiter. Cientistas acreditam que esta lua possui um oceano embaixo da camada congelada e a NASA quer investigar isso até 2024

A órbita destes corpos celestes é bastante estável na maior parte do tempo. Existem no Cinturão de Kuiper milhares de asteroides e cometas com mais de 100 km de diâmetro, além de planetas anões.

A Agência Espacial Europeia enviará sonda para Júpiter, em abril deste ano, para estudar as maiores luas do planeta. A NASA promete a missão Europa Clipper, que será lançada até 2024 para estudar a lua Europa — que cientistas acreditam ser a lua de Júpiter com oceano embaixo da crosta congelada.

Fonte(s): Space / IAU / CBS News / Popular Science Imagem de Capa: Reprodução / NASA / JPL Foto(s): Reprodução / NASA, ESA, A. Simon (Goddard Space Flight Center), and M.H. Wong (University of California, Berkeley)

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