No Facebook, Andrew Pulsipher publicou uma foto dele com a esposa e seus três filhos, atingindo milhares de compartilhamentos. Aos 33 anos, Andrew, do Arizona, nos EUA, é HIV positivo, enquanto sua esposa Victoria e seus três filhos, não possuem o vírus. Ele compartilhou a imagem para aumentar a conscientização sobre a doença e combater o estigma associado a ela.
HIV positivo desde o nascimento – seus pais morreram devido à AIDS -, ele escreveu como descrição da foto: “Eu estou compartilhando isso com vocês, porque, pela primeira vez, eu posso ser completamente honesto comigo mesmo e com os outros. Levou muito tempo para que eu me sentisse confortável com isso. Eu sei que o HIV tem um estigma negativo, mas eu quero ajudar a mudar isso. É uma doença tratável e você pode viver uma vida normal, mesmo infectado. Eu sou a prova disso. Quero educar as pessoas para que possamos trocar a pergunta ‘como você contraiu a doença?’ para ‘como você está vivendo sua vida com ela?’”.
Para Andrew, uma vida normal inclui se casar e ter filhos. Ele foi criado por seus tios e contou para poucas pessoas, ao longo de sua vida, que ele era HIV positivo. Quando ele conheceu Victoria, percebeu que queria ter uma família com ela. Inicialmente, ele ficou preocupado com a transmissão do vírus, então tiveram seu primeiro filho através de tratamentos de fertilidade.
Agora, Andrew diz que o vírus é “indetectável“. Ele explica: “Não, isso não significa que eu sou um ninja. Esta frase refere-se à quantidade de vírus detectáveis no meu sangue, embora ele ainda possa estar escondido em outras partes do meu corpo. Isso também significa que o medicamento que eu tomo todos os dias está funcionando”. Isso, por sua vez, significa que Andrew e Victoria foram capazes de ter suas duas outras crianças de forma natural. Em entrevista ao ‘Huffington Post’, ele revelou estar emocionado com o sucesso positivo de sua foto e espera que isso ajude a quebrar o estigma e o preconceito, além de ajudar a educar as pessoas sobre como os tratamentos do HIV são importantes.
“Se você tem o vírus indetectável, só há um por cento de chance de passar do seu sangue ao cônjuge, pelo menos em uma relação entre homem e mulher. Eu apenas tomo três comprimidos uma vez ao dia. É isso aí. Antes costumava ser muito pior”, concluiu.
[ Metro ] [ Fotos: Reprodução / Metro ]