O ator Charlie Sheen, conhecido pela série Two and a Half Men (Dois Homens e Meio), disse ter sido curado do vírus HIV em entrevistas recentes, segundo informações do portal de saúde Medical Daily.
Em 2015, ele revelou ao mundo ser soropositivo. À época, disse que há quatro anos já lutava contra a infecção, a qual estava tentando tratamento.
Contudo, poucos meses depois do anúncio de sua doença, ele disse que seu HIV teria sido completamente suprimido em um tratamento experimental fornecido por um estudo financiado pela Food and Drug Administration, o FDA, dos EUA. 
Ele teria usado uma droga anti-HIV chamada PRO 140, produzida pela empresa de biotecnologia CytoDyn, segundo o site Inverse.
A empresa disse que a droga, que era injetável, nunca causou efeitos colaterais negativos nos pacientes durante os testes e, portanto, poderia reduzir ou controlar significativamente a carga viral do HIV em seres humanos.
“Pessoalmente, penso em como me senti no dia que soube o diagnóstico e como me sinto hoje. Eu pensei com certeza que ficaria preso naquele coquetel para sempre, mas olhe para mim agora. Eu sou muito grato pelos gênios da CytoDyn por desenvolver isso e me fornecer”, disse o ator.
Apesar da aparente ausência do vírus HIV em seu sangue, especialistas afirmam que o ator pode não estar exatamente curado e possa ter se precipitado em fazer esta afirmação à imprensa.
De fato, conforme a droga PRO 140 fica em seu corpo, ela faz com que o seu sistema imunológico consiga combater o HIV, “vencendo a batalha”. Mas, isso só ocorre, aparentemente, enquanto a droga está no sangue. Não é exatamente uma cura, mas um controle extremamente eficaz.
Atualmente, mais de 70 milhões de pessoas em todo mundo foram infectadas com HIV desde a pandemia que teve início nos anos 80. Destes, cerca de 35 milhões já morreram em decorrência do vírus. Ainda, relatórios oficiais baseados em dados estatísticos, afirmam que mais de 10 milhões de pessoas no mundo carregam o vírus sem saber.
O que é Pro 140?
Sheen recebeu injeções semanais de PRO 140, tornando assim uma abordagem diferenciada dos coquetéis de medicamentos que devem ser tomados diariamente.
A droga é, na verdade, um anticorpo chamado leronlimab, injetável, com grande potencial antiviral e com pouquíssimos efeitos colaterais, menos toxicidade e não é necessário tomar todos os dias.
O alvo do leronlimab é a CCR5 – um receptor celular que é considerado “porta de entrada” por onde os vírus HIV e suas variantes conseguem entrar, gerando assim a infecção.
Em 2012, a empresa adquiriu o leronlimab da sua desenvolvedora, a empresa Progenics Pharmaceuticals. Desde então, a CytoDyn vem testando a nova droga no tratamento do câncer, inflamações graves e doenças autoimunes.
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