Falar sobre HIV/AIDS não é um assunto fácil, uma vez que ainda há um grande tabu envolvido. A falta de informação aliado ao preconceito tem contribuído para o aumento no número de casos.
Segundo um relatório publicado ano passado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), no Brasil, mais de 110 mil pessoas, a maioria delas entre 15 e 24 anos, podem estar infectadas sem saber.
O relatório apontou ainda a existência de 827 mil brasileiros contaminados pelo HIV até o ano de 2016. Destas, cerca de 87% sequer sabem que são portadoras do vírus, representando uma porção de 112 mil.
O HIV, de acordo com o Ministério da Saúde, é a sigla em inglês para o vírus da imunodeficiência adquirida. Causador da AIDS, ele ataca o sistema imunológico, destruindo os linfócitos T CD4 e se multiplicando, dando progresso a infecção.
A infecção, além de ser acompanhada de tabu, ainda é o centro de muitos mitos que fomentam ainda mais o preconceito associado. Abaixo, você confere alguns exemplos que precisam ser imediatamente desacreditados.
1 – AIDS e HIV são a mesma coisa
Enquanto o HIV descreve a infecção causada pelo retrovírus classificado na subfamília dos Lentiviridae para a Imunodeficiência Humana, a AIDS é uma doença causada pelo vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e que normalmente é desenvolvida em razão do HIV.
2 – Sexo oral não transmite HIV
A transmissão ocorre quando há a troca de fluídos corporais, incluindo sangue, secreção vaginal, sêmen é até mesmo leite materno, durante o sexo oral, quando há a presença de feridas abertas na boca ou gengiva ou inflamações na garganta.
3 – Não é todo mundo que corre o risco de ser infectado
Independente da sua opção sexual, se o sexo for realizado de maneira desprotegida, isto é, sem preservativo, há o risco de infecção. Além do contato sexual, o vírus pode ser transmitido por meio de transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas, reutilização de objetos perfuro-cortantes e durante o parto normal.
4 – Você consegue saber logo de cara quando alguém tem HIV
A verdade é que o vírus pode levar até mais de 10 anos para se manifestar através de sintomas, sendo assim, julgar uma pessoa apenas pela aparência é uma atitude unicamente preconceituosa.
5 – Transmissão via saliva, suor e lágrimas
Tenha em mente que o HIV não é uma gripe e que, de fato, não há estudos ou registros que comprovem que a transmissão pode ocorrer por meio do contato com a saliva, suor e lágrimas de uma pessoa infectada.
6 – Soropositivos não podem ter filhos
As chances de uma mãe soropositiva ter um filho com HIV são de apenas 0,5%. Sem assim, com os devidos cuidados médicos, há sim a possibilidade de pais soropositivos gerarem filhos saudáveis.
7 – Sexo com soropositivos é exposição
Quando o sexo é feito sem preservativo, você não corre o risco apenas de contrair HIV. Nunca se esqueça que há uma gama de doenças sexualmente transmissíveis que também são preocupantes.
Além disso, o tratamento para o HIV pode reduzir a carga viral de uma pessoa, tornando-a quase indetectável, o que torna a transmissão quase impossível. Sendo assim, deixe seu preconceito de lado e seja feliz.
Fonte: AIDS.Gov / Terra Foto: Reprodução / Jornal Ciência