Menina indiana tinha gêmea parasita de 3,5 kg dentro de sua barriga

de Merelyn Cerqueira 0

Nisha, uma menina indiana de apenas 15 meses de vida, nasceu vítima de uma condição chamada “fetus in fetu, ou gêmeo parasita. Seu estômago estava tão inchado que ela era incapaz de comer ou beber normalmente.

Os médicos ficaram surpresos quando descobriram que o crescimento com cerca de 3,5 quilos possuía ossos, músculos e cabelos. Tratava-se de sua irmã gêmea que não havia se desenvolvido completamente.

A gêmea parasita estava se alimentando da menina por meio de uma estrutura semelhante a um cordão umbilical, que lhe fornecia sangue. Por semanas, a criança ficou incapacitada de comer ou beber e chorava constantemente. Ao ser levada ao hospital Sri Ganapathy Krishna, em Tamil Nadu, sul da Índia, os médicos fizeram o diagnóstico.

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Inicialmente eles acreditavam que o enorme cisto era um tumor e realizaram imediatamente uma cirurgia para removê-lo.

“Eu acreditei de início que ela tinha um cisto ou tumor, até que o ultrassom e tomografia mostraram que havia regiões calcificadas e uma estrutura semelhante a um teratoma” (um tumor que contem tecidos e órgãos), disse o pediatra Dr. Vijayagiri, que realizou o procedimento.

“Foi quando eu suspeitei que era um feto parasita e rapidamente fui buscar ajuda em alguma literatura médica”. Então, ele removeu a estrutura e confirmou definitivamente que era um feto.

A cirurgia durou cerca de duas horas e foi considerada complicada porque o rim de Nisha estava ligado ao crescimento. “Outros órgãos como o pâncreas, uma porção do baço e o lado esquerdo do colón estavam ligados ao feto, e os vasos sanguíneos estavam espalhados em torno de sua estrutura”, disse ele. “Tivemos que remover e separar os vasos sanguíneos e mover os órgãos para longe do feto sem feri-los”.

Nisha, que pesava 8 quilos antes da remoção, já nasceu com o estômago inchado. Porém, seus pais, que ganham muito pouco como trabalhadores locais, foram forçados a ignorá-lo até que ele ficou anormalmente grande. A menina encontra-se em recuperação e deve ser liberada do hospital em poucos dias.

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Casos de gêmeos parasitas são extremamente raros, existindo apenas 200 relatos registrados oficialmente. Ocorre quando um feto malformado se encontra no interior do corpo de seu gêmeo. Em 80% dos casos acontece na região do estômago, embora haja relatos que envolvem o crescimento no crânio.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a condição é uma variante do teratoma maduro, um tipo de câncer cujo tumor é bem desenvolvido.

Fonte: Daily Mail Fotos: Reprodução / Daily Mail

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