9 alimentos que você não deve comer para preservar sua saúde

de Bruno Rizzato 0

Em um mundo de constantes reformulações sobre o que se pode ou não comer, é muito difícil saber o que realmente é prejudicial. Até mesmo na ciência, muitos especialistas discordam de recomendações e vários estudos acabam se contradizendo quanto ao benefício de alguns alimentos.

Uma maneira eficaz de resolver este problema é através da redução dos alimentos que são classificados como os “piores”. Porém, como saber quais são eles? Nós contamos para você!

1 – Quer manter os níveis de colesterol saudáveis? Nunca coma margarina!

Muita gente resolveu substituir a manteiga por uma opção supostamente mais saudável, a margarina. Porém, há um pequeno problema: a margarina possui grandes quantidades de gorduras trans, que são terríveis para o colesterol, aumentando o LDL (o colesterol ruim) e diminuindo o HDL (o colesterol bom).

Muitas margarinas foram reformuladas ao longo dos anos e nem todas são iguais. Mas, segundo a ONG de pesquisa médica Mayo Clinic, nos EUA, quando mais sólida for a margarina, mais gordura trans ela terá.

Portanto, a margarina em barra tem mais gordura trans do que as mais “cremosas ou líquidas”. Além disso, se você se preocupa com a ingestão de alimentos processados, a margarina é uma péssima opção. É melhor ficar com manteiga ou azeite também para cozinhar.

2 – Adoçantes não ajudam a perder peso!

Supõe-se que a troca do açúcar por um adoçante não calórico levaria à perda de peso, mas, aparentemente, não é isso que ocorre. Há evidências crescentes de que os adoçantes artificiais podem levar ao ganho de peso e, pior ainda, podem levar a níveis mais elevados de glicose.

O revista Times relata, através de um estudo, que substitutos do açúcar contribuem para mudanças na forma como o corpo quebra a glicose. Como parte do estudo, os pesquisadores deram algumas doses de adoçante para pessoas que não tem o hábito de consumi-los.

O teste durou sete dias, mas metade delas já apresentou níveis mais elevados de glicose no sangue depois de apenas quatro dias.

O autor do estudo Dr. Eran disse: Nós descobrimos que os adoçantes artificiais que usamos como tratamento ou medida preventiva para a obesidade e suas complicações, estão contribuindo para as mesmas epidemias que estão destinados a prevenir.

E eles não são ruins apenas para você. Os cientistas descobriram que adoçantes artificiais interferem em águas residuais tratadas, representando riscos potenciais para os peixes e outras espécies marinhas.

3 – Sopas e legumes enlatados contribuem para disfunção hormonal

Nem todas as latas usadas para alimentos são revestidas com o produto químico industrial, bisfenol-A (BPA), mas aquelas que são, devem ser evitadas a qualquer custo.

O BPA é um estrogênio sintético que pode causar alterações no sistema hormonal, mesmo em pequenas quantidades. Ele tem sido associado a uma variedade de doenças, que vão desde câncer de mama e infertilidade a obesidade, diabetes, puberdade precoce e alterações comportamentais em crianças.

Neste caso, não são os alimentos citados em si os responsáveis pelo problema, mas as embalagens que os guardam.

Em 2011, os testes do FDA dos EUA, feito em 78 alimentos populares enlatados, encontraram o produto químico em 71 deles, e um estudo da Universidade de Harvard descobriu que aqueles que comem uma porção de sopa enlatada por dia, durante cinco dias, apresentaram uma quantidade de BPA 10 vezes maior em seus sistemas, se comparados com aqueles que comeram sopa caseira.

As concentrações de BPA em latas da mesma comida diferem muito, por isso é difícil determinar os números. Porém, um estudo do Breast Cancer Fund descobriu que as maiores concentrações estão presentes em latas de leite de coco, sopa e legumes.

4 – Se quer diminuir o açúcar, não coma cereal infantil!

Os cereais destinados a crianças possuem muito açúcar. O que você pode não saber, no entanto, é a quantidade absurda. Os mais tradicionais possuem 56% do ingrediente em sua composição, em outras palavras, mais da metade do alimento é açúcar.

Uma porção, que representa apenas três quartos de um copo, fornece 50% da ingestão diária recomendada de açúcar pela Organização Mundial de Saúde.

5 – Peixes podem possuir mercúrio

O metil mercúrio é uma neurotoxina que pode ser prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso. Por conta da atividade humana, que interfere na maioria das culturas de peixes, alguns possuem concentrações muito maiores que outros.

A recomendação para as mulheres grávidas, lactantes e crianças pequenas, é a de evitar o consumo de peixes do Golfo do México, tubarão, peixe-espada e cavala.

6 – Nunca coma hambúrgueres “industriais” se quer uma alimentação menos artificial

A carne do gado alimentado com capim é diferente da carne de gado industrial. Nas linhas de produção, as condições imundas, substâncias como antibióticos abundantes e a dieta composta de milho geneticamente modificado interferem em sua qualidade, de acordo com afirmação do especialista Michael Pollan.

Ele ainda diz que um bife vem de um único animal, mas a carne moída processada é uma mistura da carne de centenas de animais.

Segundo ele, isso aumenta muito o risco de contaminação. Mas, é claro que nem toda indústria é assim. Algumas empresas possuem níveis de saneamento industrial adequados e são fiscalizadas pelos órgãos competentes de cada país. 

Os órgãos estadunidenses encontraram níveis perigosos de bactérias causadoras de doenças em mais de 50% das amostras de carne moída testadas. “Eu adoro hambúrgueres, mas apenas consumo quando sei que o gado é alimentado com capim”, concluiu Pollan.

7 – Nunca beba refrigerante se você não quer ter diabetes

Um estudo europeu descobriu que as pessoas que, diariamente, bebiam um refrigerante contendo 56 gramas de açúcar foram 18% mais propensas a desenvolver diabetes tipo 2 ao longo de 16 anos, em comparação com aqueles que não consomem refrigerante. Estudos anteriores nos Estados Unidos descobriram que o consumo diário de sódio aumenta o risco de diabetes tipo 2 em 25%.

8 – Nunca coma maçãs se você está preocupado com agrotóxicos

Maçãs orgânicas são ótimas, mas se você estiver preocupado com agrotóxicos, evite as convencionais. Há quatro anos, maçãs lideram lista “Dirty Dozen”, do Departamento de Agricultura dos EUA, onde cientistas detectaram uma média de cinco ou mais pesticidas em amostras de maçã, incluindo algumas concentrações elevadas.

Um produto químico, em especial, tem causado polêmica: a difenilamina (DPA) foi encontrada em 80% das amostras testadas. Em 2012, a Comissão Europeia proibiu DPA devido aos seus possíveis agentes cancerígenos.

9 – Nunca coma carne processada caso queira evitar a morte prematura

Estudos mostram que as pessoas que consomem muita carne processada (como presunto, bacon e linguiça) têm um risco maior de morte prematura e desenvolvimento de problemas como câncer e doenças cardíacas.

Um estudo abrangente incluiu dados de 448.568 pessoas de 10 países europeus e concluiu que aquelas que comeram mais carnes processadas tiveram 44% mais probabilidades de morrer prematuramente de qualquer causa do que aqueles que comiam poucas. Altos níveis de consumo aumentaram o risco de morte por doença cardíaca em até 72% e por câncer em 11%.

Um estudo de Harvard descobriu, também, que aqueles que comiam carne processada regularmente eram mais propensos a morrer dentro de 20 a 30 anos, em comparação com aqueles que não consomem carne vermelha regularmente. O mesmo estudo também descobriu que a substituição por outras fontes de proteínas saudáveis, como peixes, aves, nozes ou legumes, foi associada a um menor risco de morte durante o período de estudo.

Fonte: MNN Foto: Reprodução / Pixabay

Jornal Ciência