Surfista atacado por tubarão em Pernambuco continua internado após cirurgia de 5 horas; veja vídeo

Após ficar em estado grave, André passou por cirurgia que durou 5 horas para reparar danos em sua perna esquerda; ele segue internado sem previsão de alta

de Redação Jornal Ciência 0

O caso ocorreu em Olinda, Pernambuco, na Praia dos Milagres, com o surfista André Luiz Gomes da Silva, 32 anos, na última segunda-feira (20/02).

Ainda internado no Hospital da Restauração, no Recife, e sem nenhuma previsão de alta hospitalar, André declarou à imprensa “sentir muita dor na perna”, após passar por cirurgia de 5 horas, dando entrada no hospital em estado grave, necessitando de transfusões de sangue.

Ontem, segunda-feira (27/02), a família comemorou a confirmação médica de que a perna, mesmo gravemente afetada, não será amputada e segue os estágios do processo de cura.

Os momentos do acidente e do resgate foram registrados e divulgados amplamente pelos moradores nas redes sociais e mídias digitais, especialmente no Twitter e WhatsApp.

O médico Renato Souto, que atendeu André no SAMU, disse à imprensa que a mordida do tubarão foi bastante profunda, pegando a musculatura e vasos sanguíneos.

As pessoas teriam ouvido André pedindo socorro quando começaram a gritar “tubarão” na água. De acordo com ele, as piores lesões foram na panturrilha (“batata da perna”) — como visto no vídeo.

Pernambuco tem fama de ataques

Há 31 anos os ataques de tubarão são registrados em Pernambuco. O primeiro ocorreu em 1992 e, desde então, somado ao caso de André, foram contabilizadas 75 ocorrências: 65 ataques no continente e 10 no famoso arquipélago de Fernando de Noronha.

Os registros mostram que os ataques mais recentes foram em abril de 2022, em Noronha, com um turista de Rondônia que visitava o arquipélago.

Antes disso, em janeiro de 2022, também em Noronha, uma garota de 8 anos levou uma mordida de tubarão e precisou amputar a perna.

Área proibida para surfistas

André estava surfando na Praia dos Milagres, em Olinda, local considerado proibido para praticar o esporte. Segundo sua esposa, Munick Rafaela Castro, ele sempre surfava na área.

Em entrevista, classificou o local como “esquecido” pelos órgãos públicos por não ter nenhuma sinalização.

“Ele surfa ali há mais ou menos cinco ou seis anos e a nossa família inteira frequentava a praia naquela região. Não existe nenhuma informação ali, e se fosse realmente proibida, não teriam moradias nem estaria tendo ‘paredões’, até mesmo na época da pandemia da Covid-19. Todo mundo confiava até acontecer. Na verdade, não é proibida, é esquecida”, disse Munick à Folha de Pernambuco.

Veja abaixo vídeo feito por moradores. Atenção: as imagens são fortes e podem ser perturbadoras para alguns leitores.

Fonte(s): Folha de Pernambuco Imagem de Capa: Reprodução / Redes Sociais Foto(s): Reprodução / WhatsApp e Twitter

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