Restos de tecido mole podem ter sido encontrados dentro de fóssil de dinossauro que viveu há 195 milhões de anos

de Merelyn Cerqueira 0

Pesquisadores acreditam ter encontrado dentro de um osso de dinossauro morto há 195 milhões de anos restos de tecido mole preservado, de acordo com informações da IFLScience.

 

O achado, publicado pela revista Nature Communications, sugere que as proteínas são capazes de sobreviver pelo menos 100 milhões de anos a mais do que antes se pensava. Se verificada, a descoberta poderia abrir uma janela inteiramente nova para o estudo de animais há muito tempo extintos.

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O fóssil em questão pertencia a um Lufengosaurus, uma criatura herbívora muito comum no Período Jurássico, que chegava a nove metros de altura. No interior do osso, pertencente a uma das costelas, os pesquisadores encontraram vestígios de colágeno, uma proteína estrutural localizada na pele e tecido conjuntivo, bem como potenciais remanescentes de sangue.

 

A pesquisa analisou a composição química do possível tecido mole no osso utilizando espectroscopia infravermelha. O material, que absorveu a luz infravermelha em comprimentos de onda, mostrou ser correspondente ao colágeno e rico em ferro, o que poderia significar a presença de sangue.

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Embora possam ser considerados emocionantes, os resultados não são conclusivos. No entanto, agora será possível construirmos árvores evolutivas de animais há muito tempo extintos, como mamíferos e outros dinossauros, com base em suas anatomias e evidências moleculares. A descoberta foi considerada um avanço extraordinário no campo da Paleontologia, embora a possibilidade de clonagem ainda esteja fora de alcance.

[ IFL Science ] [ Fotos: Reprodução / IFL Science ]

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