Mary Allwood, de 26 anos e mãe de apenas um filho, em novembro de 2015 foi levada às pressas para o hospital se queixando de dores.
Após realizar alguns exames, os médicos constataram que seu fígado havia crescido duas vezes mais do que um de tamanho normal, além de possuir uma série de nódulos fibrosos por toda sua extensão.
O fato é que a mulher, há quatro anos, estava bebendo cerca 20 latas de energético Red Bull por dia. Antes de saber disso, os médicos, a princípio, estavam convencidos de que ela era alcoólatra. Mais tarde, ela assumiu ter escondido todas as latas pela casa e ter gasto mais de 2.300 euros por ano com as bebidas.
Conforme publicado pelo Mail Online, o alto teor de açúcar nas bebidas pode levar a formação de gordura no fígado, causando cicatrizes. As 20 latas de energético consumidas diariamente por ela têm, em média, 1.600 miligramas de cafeína, equivalente a 16 xícaras de café. Isto é, quatro vezes a quantidade recomendada por dia, de 400mg. Além disso, são 550 gramas de açúcar, ou 17 barras de chocolate, sendo 18 vezes a quantidade recomendada, de 30g por dia.
Mary contou que tomou a bebida pela primeira vez aos 22 anos de idade, com o mesmo propósito que é oferecido pelo produto, de garantir mais energia. Quatro meses depois, ela já estava bebendo 20 latas diárias, começando logo às 8 horas da manhã, quando acordava, tornando-se extremamente viciada pelo hábito.
Em consequência disso, suas medidas corporais aumentaram. Passando do tamanho 44 para o 52. Ela afirmou não ter bebido qualquer outro líquido que não fosse o energético. Mesmo após um episódio de palpitações cardíacas o seu hábito não mudou. Somente em novembro de 2015, quando ela sentiu uma extrema dor na lateral do corpo que foi levada às pressas para um hospital.
Agora, ela foi obrigada a seguir uma dieta rigorosa e substituiu as latas de Red Bull por seis litros e meio de água por dia. Os sintomas de abstinência apareceram em cerca de um mês, quando ela relatou mudanças de humor. No entanto, já conseguiu controlar sua vontade pela bebida. “Foi muito difícil. Houveram momentos em que eu chegava a comprar uma lata, abria-a, mas nunca bebia”, disse. “Eu chegue a colocar uma única gota na minha língua, mas nunca mais voltei a ser aquela pessoa”, completou.
O excesso de açúcar pode levar a danos nas células do fígado, sendo que na fase inicial são assintomáticos. Com o passar do tempo, esse dano repetido conduz a formação de cicatrizes, que são conhecidas como cirrose hepática, fazendo com que o órgão se torne incapaz de funcionar adequadamente. Além disso, a doença hepática é difícil de ser detectada antes que esteja em estado avançado. Isso porque, o fígado não possui terminações nervosas, por isso, quando está danificado é muito difícil que isso seja sentido.
[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail ]