Terapia para curar pessoas “viciadas em café” começa a ser colocada em prática!

Muitas pessoas admitem ser viciadas em café e gostariam de passar por um tratamento. Agora, psicólogos estão tratando as pessoas com “transtorno relacionado ao uso de cafeína” usando um tipo de terapia que envolve apenas a fala.

O transtorno é caracterizado por tentativas em vão de diminuir o uso de cafeína e ter dependência psicológica ou física relacionadas à substância, que tem efeitos de abstinência semelhantes aos de outras drogas.

A equipe da Universidade Johns Hopkins e da American University, ambas nos EUA, disse que os efeitos negativos incluem “ansiedade, nervosismo, dor de estômago e tensão”, além da redução do tempo de sono. Os efeitos da abstinência incluem “dores de cabeça, fadiga e sintomas de gripe”. Agora, a terapia cognitivo-comportamental, que é comumente usada para tratar distúrbios de ansiedade, poderia ajudar as pessoas a reduzir seu consumo de cafeína de forma dramática.

O tratamento, publicado no Journal of Consulting and Clinical Psychology, consiste em terapia com um psicólogo treinado e um folheto de tratamento para levar para casa, contendo instruções parecidas com as utilizadas por dependentes de drogas. Para diminuir os sintomas de abstinência, os pacientes seguem um programa de redução consumo da cafeína de forma semanal, ​​com progressos monitorados em um diário.

No estudo feito com 67 pessoas, a equipe descobriu que os participantes reduziram o seu consumo de cafeína em 77%, a partir de amostras de saliva que correspondem aos seus autorrelatos. Mais de três quartos das pessoas reduziram seu consumo para menos de 200mg por dia, o equivalente a apenas duas canecas de café instantâneo. No início do estudo, os participantes consumiam cerca de 670mg por dia, em média. Segundo a professora Laura Juliano, da American University, os resultados mostraram que uma breve terapia baseada em manuais, com estratégias cognitivo-comportamentais e redução gradual da cafeína, pode ajudar os indivíduos que procuram tratamento para o consumo problemático de cafeína.

Ela acrescentou que, em geral, os especialistas recomendam que o consumo diário de cafeína não exceda 400mg em adultos saudáveis e pessoas ​​não-grávidas, porém, alguns participantes do estudo relataram efeitos negativos, mesmo em níveis de consumo diários inferiores a 400mg.

“A cafeína é a droga psicoativa mais amplamente utilizada no mundo. Em geral, quando consumida em doses diárias baixas ou moderadas, por exemplo 400mg, a cafeína é relativamente segura e oferece benefícios funcionais, como ficar acordado durante uma longa viagem, e benefícios de saúde, como por exemplo, prevenção do Mal de Parkinson. No entanto, para alguns indivíduos, a cafeína é capaz de causar vários efeitos indesejáveis ​​e distúrbios através de algumas doses, o que pode justificar a limitação do consumo”, concluiu ela.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Freestockphotos ]