Essa novidade vai surpreender você: o Sol não é a maior estrutura do nosso Sistema Solar

de Gustavo Teixera 0

O Sol é uma estrela, por isso é muito maior do que Júpiter, o maior planeta do nosso Sistema Solar. A atmosfera exterior dessa grande bola de gás e plasma se espalha como uma grande bolha magnética feita de vento solar e de campo magnético. Essa bolha é chamada de heliosfera e é a maior estrutura contínua do Sistema Solar.

Especialistas do espaço gostam de mostrar imagens comparando os tamanhos do nosso Sol e seus planetas. Não há concorrência: Júpiter é grande o suficiente para abrigar 1.000 vezes o tamanho da Terra. Mas, o Sol pode abrigar 1.000 vezes o tamanho de Júpiter. É como comparar maçãs com melancias. Terra e Júpiter são planetas, eles não têm explosões nucleares acontecendo dentro deles. O Sol é uma estrela e tem essas explosões.

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Nossa bola de gás e plasma é grande o suficiente para ter o tipo de pressão interna que força o hidrogênio a se transformar em hélio através da fusão nuclear. O Sol é tão grande que os astrônomos se referem em tom de brincadeira ao Sistema Solar como sendo “Sol, Júpiter e outros entulhos”. No entanto, o Sol não é a maior estrutura contínua por aqui.

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Obviamente, nada orbitando o Sol leva o título, mas sim uma estrutura feita pelo próprio Sol – e invisível aos nossos olhos. Ela começa no interior do Sol, onde milhões de toneladas de hidrogênio se fundem em hélio a cada segundo. O calor resultante – e outros tipos de energia -, vai para cima, em direção à superfície, trazendo um monte de partículas carregadas.

Um inferno nuclear como esse também faz um assustador campo magnético solar. No fim desse processo, tudo chega à superfície do Sol, onde as coisas ficam bastante violentas. Não há nada aqui para parar a luz, as partículas carregadas e o campo magnético fluindo para o espaço.

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Os buracos nas camadas superiores da atmosfera do Sol fazem com que vaze um vento contínuo de partículas carregadas, levantando proeminências solares que são lançadas para fora em jatos de gás aquecido. O Sol às vezes tem episódios violentos quando explosões de campos magnéticos e até 1 bilhão de toneladas de matéria carregada disparam da superfície a milhões de quilômetros por hora.

As manchas solares realizam explosões de energia magnética, que são as mais poderosas do Sistema Solar. Os cientistas chamam esta explosão de saída da heliosfera. Este fluxo de partículas carregadas e campos magnéticos nos envolve e continua para além de Júpiter, e até mesmo muito além de Plutão.

A heliosfera começa a perder energia depois que ela sai do Sol, então tem que parar em algum lugar. Ninguém sabe ao certo quão longe essa bolha magnética solar pode chegar antes que fique fraca demais para seguir seu caminho. Mas sabemos de uma coisa: a heliosfera circunda todo o Sistema Solar, incluindo o Sol e é, definitivamente, a maior estrutura contínua que temos. Surpreso com a novidade?

[ KnowledgeNuts ] [ Fotos: Divulgação / NASA ]

Jornal Ciência