Asteroide potencialmente perigoso com quase 800 metros passará hoje próximo à Terra, diz NASA

O corpo celeste atingirá seu ponto máximo de aproximação nesta terça-feira (01/11), viajando em altíssima velocidade de 84.500 km/h. Outro asteroide passará, ainda este ano, em 2 de dezembro

de Redação Jornal Ciência 0

O asteroide 2022 RM4, também apelidado de “Asteroide Halloween”, teve seu início de aproximação ontem (31/10), justamente na data comemorativa do Dia das Bruxas. Mas, sua máxima aproximação ocorrerá hoje (01/11).

Trata-se de um asteroide recém-descoberto com tamanho estimado — podendo variar — de até 740 metros de diâmetro. Apesar do alerta “potencialmente perigoso”, classificado oficialmente pela própria NASA, ele deve passar em segurança.

De acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra — um núcleo de pesquisa dentro da NASA — mesmo em sua máxima aproximação, o corpo celeste não deve oferecer nenhum perigo para nós.

O gigante chegará a uma distância de 2,3 milhões de quilômetros. Isso equivale 6x a distância média entre a Terra e a Lua. Pode parecer exagero, mas para a NASA, não é.

Por padrão, qualquer asteroide que chegue a menos de 7,5 milhões de km da Terra é classificado como “potencialmente perigoso” e todas as agências espaciais do mundo ficam em alerta e observam sua trajetória — isso é considerado “perto demais” para os padrões cósmicos.

Viajando a inacreditáveis 84.500 km/h, seria uma catastrófica planetária se um objeto com este diâmetro e velocidade adentrasse nossa atmosfera e sofresse colisão em terra ou no mar.

Os astrônomos garantem que não existe possibilidade de o asteroide entrar em rota de colisão com a Terra. A NASA rastreia os asteroides através do ATLAS (Asteroid Terrestrial-Impact Last Alert System), composto por 4 telescópios. Foram identificados 10.000 asteroides próximos à Terra com diâmetro mínimo de 140 metros e alguns bem maiores.

Até o momento, cálculos astronômicos extremamente avançados de trajetórias, mostram que podemos manter a calma, pelo menos dentro dos próximos 100 anos, onde os dados mostram não existir risco de rota de colisão com nosso planeta — em teoria, já que não é possível garantir que absolutamente todos os asteroides foram identificados.

A NASA poderia nos proteger?

No caso de um objeto espacial, por algum motivo, mudar de rota e vir em nossa direção, a NASA poderia colocar em ação seu projeto testado com sucesso recentemente. Em 26 de setembro deste ano, a agência colidiu sua espaçonave, da missão DART, com um pequeno asteroide chamado Dimorphos, alterando sua órbita em 32 minutos.

Isso representa um marco histórico na astronomia sobre as possibilidades de defesa do planeta Terra em caso de perigo iminente.

Missão DART, da NASA, contra o pequeno asteroide Dimorphos

Isso marcou a primeira vez que a humanidade mudou intencionalmente o movimento de um objeto celeste e a primeira demonstração em grande escala da tecnologia de deflexão de asteroides.

Portanto, no caso de um asteroide possivelmente ameaçador para a existência humana, um projeto como este, em maior escala, poderia ser implementado — especialmente com a ajuda de outras agências espaciais — para proteger nossa existência.

A China está planejando fazer o mesmo projeto, usando pesquisas próprias. O país quer, nos próximos anos, mudar a órbita do asteroide Bennu.

Este asteroide é visado pela China por ter probabilidade (mesmo que baixa) de colidir com nosso planeta em setembro de 2135. O asteroide Bennu tem mais de 500 metros de diâmetro e passará equivalente à metade da distância entre a Terra e Lua.

Dezembro tem novo asteroide

No dia 2 de dezembro deste ano, o asteroide 2009 HV58 também passará “perto” da Terra. Ele está sendo monitorado 24h pela NASA que, através de informações divulgadas à imprensa, afirmou que o objeto especial tem 710 metros (dimensões aproximadas).

Fonte(s): Metro UK / Metro World News / El País Imagens: Reprodução / Metro UK via Shutterstock / Mopic e NASA

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