Uma mãe da Sérvia compartilhou com o mundo sua dolorosa história de como perdeu uma filha de dois anos para o sarampo.
O caso, que foi divulgado pela página Light for Riley, tem como mensagem principal conscientizar as pessoas sobre a importância da vacinação, especialmente contra o sarampo, que registra aumento de casos em todo o mundo.
De acordo com o britânico Daily Mail, Dragana Petrovic disse que sua filha Nadja, de apenas dois anos, contraiu sarampo de um menino enquanto estavam hospedados no mesmo quarto de hospital na Sérvia em janeiro de 2018.
Nadja, que nasceu em maio de 2015, foi diagnosticada com uma síndrome autoimune quando tinha um ano de vida. Ela costumava ir ao hospital para elevar o nível de cálcio no corpo, que era extremamente baixo.
Segundo a mãe, porque tinha tal condição, a filha não podia tomar as primeiras vacinas. “Esperávamos que a imunidade coletiva a protegesse no curso de uma epidemia”, escreveu ela na página da Light for Riley.
No entanto, em determinada ocasião em que visitava o hospital, Najda acabou contraindo sarampo de uma criança companheira de quarto. Dias depois, ela desenvolveu febre alta e em seguida entrou em coma.
“Ela estava piorando a cada dia, suas necessidades de oxigênio eram maiores e recebemos a confirmação de que estava contaminada com sarampo”, disse a mãe.
Uma vez na UTI, sua condição piorou. Em um ponto, desenvolveu infecção generalizada a partir de bactérias diferentes. Em 4 de abril, começou a sofrer de insuficiência cardíaca até que, às 18h30 do mesmo dia, morreu.
Desde então, a mãe vem compartilhando a história para conscientizar os pais sobre a importância da imunização dos filhos. “Meu anjo me deixou cedo demais, mas eu lutarei para que ninguém a esqueça e passe pelo que passei”, escreveu.
A página Light for Riley no Facebook foi criada por Catherine Hughes, cuja filha Riley morreu de coqueluche em março de 2015, quando tinha apenas 32 dias de vida. O objetivo dela é “proteger bebês e famílias contra doenças evitáveis por vacinação“.
A vacinação é importante porque além de prevenir quem toma, ainda evita que pessoas em situação de baixa imunidade contraiam as doenças.
Em geral, pessoas com doenças autoimunes em situação grave, não podem receber vacinas, e esperam que as pessoas ao seu redor vacinem seus filhos, para que o coletivo seja protegido.
De acordo com a OMS o mundo tem experimento um aumento de casos de sarampo. A causa por trás disso é um movimento crescente denominado “antivax” que vem se espalhando pelas redes sociais disseminando informações falsas sobre uma suposta ligação entre as vacinas e o autismo. Milhares de mães ao redor do mundo estão evitando vacinar seus filhos com medo.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, que pode causar diarreia severa, pneumonia e perda de visão, podendo ser fatal em alguns casos.
De acordo com a OMS, a doença continua sendo “uma importante causa de morte entre crianças”, o que é frustrante, uma vez que pode ser facilmente prevenida com duas doses de uma vacina, segura e eficiente, que está em uso desde a década de 60.
Fontes: Daily Mail / The Guardian Fotos: Divulgação