Especialistas em saúde, segundo informações publicadas pelo jornal Metro, da Inglaterra, sugeriram que uma dieta de baixa gordura pode ter consequências desastrosas para a saúde.
Essas conclusões foram publicadas em um relatório e está causando um certo incômodo na comunidade científica. Isso porque, a gordura saturada, até então, sempre esteve associada a doenças cardíacas.
Segundo o professor Dr. Aseem Malhotra, membro fundador da Public Health Collaboration, as dietas com baixo teor de gordura são “talvez, o maior erro na história da medicina moderna”. Contudo, essa constatação não deve ser levada ao pé da letra. Ainda devemos evitar alimentos processados e guloseimas. São os alimentos ricos em gorduras, como o abacate, iogurte, leite e queijo, que, segundo ele, ao contrário do que pensamos, podem ajudar a proteger o coração.
Dessa forma, ele afirma que a carne não ajudará a aumentar o risco de desenvolver diabetes, tampouco a gordura saturada do queijo, não será responsável por doenças cardíacas. A gordura natural encontrada no abacate não é um elemento que precisa ser evitado de dietas e a mesma coisa serve para os peixes mais nutritivos. Na verdade, todos esses alimentos poderiam ajudar na luta contra a obesidade.
Contudo, de acordo com os cientistas, esse mito das dietas de baixa gordura não passa de uma conspiração, e as ciências dos alimentos foram corrompidas por influências comerciais. Essa dieta foi comparada por eles com as empresas de cigarros, que compraram a “lealdade” dos cientistas quando descobriram que o fumo estava associado ao câncer de pulmão. No entanto, essa influência poderia constituir uma ameaça significativa na saúde pública.
Segundo o médico professor David Haslam, presidente do Fórum Nacional da Obesidade, sua experiência diária no tratamento de pacientes mostrou que uma dieta rica em carboidratos se mostraram profundamente falhas. “A prova é que os níveis de obesidade estão maiores do que nunca, e não apresentam qualquer possibilidade de redução, apesar dos melhores esforços do Governo e cientistas”.
Entretanto, segundo o professor Simon Capewell, da Faculty of Public Health, não devemos tomar este relatório como certo. “Eles ainda não foram revisados. Além disso, ele não indica por quem foi financiado e isso é preocupante”, disse. Agora, devemos aguardar os próximos passos, esperando que os novos estudos e análises sejam revistos e publicados em revistas científicas.
[ Metro ] [ Foto: Reprodução / Picserver ]