Emagrecer é o objetivo de muita gente. No entanto, embora estas se entreguem a dietas arrasadoras, por vezes, simplesmente é impossível perder peso. Os motivos são muitos, que vão desde disfunções na tireoide, problemas genéticos e até mesmo metabolismo – este último que será tratado neste artigo.
O metabolismo por si só corresponde a um conjunto de reações bioquímicas e hormonais que permite aos órgãos e células funcionarem de maneira adequada.
Desta forma, ele é responsável pelas funções de digestão, respiração, reparação das células, produção de energia, construção e manutenção de tecidos, batimentos cardíacos e funções cerebrais.
Tenha em mente que o ritmo de trabalho do metabolismo varia entre as pessoas, com elementos como idade, sexo e peso a serem consideradas. É justamente neste ponto que entra o metabolismo basal.
O MB é a quantidade mínima de energia que devemos ter disponível enquanto o corpo está em repouso para que consiga sobreviver. Em outras palavras, ele equivale à quantidade de calorias não gastas durante o sono e ao valor mínimo de calorias que cada um deve ingerir durante o dia.
Essa taxa mínima de energia é importante porque nosso corpo precisa exercer funções vitais mesmo quando estamos dormindo.
“Se aplicarmos sobrecarga (alimentação, atividade física e práticas do dia a dia) ao metabolismo basal, iremos obter o metabolismo energético”, explicou a nutricionista comportamental Patrícia Cruz, de acordo com declarações nos sites Mundo Boa Forma e Mega Curioso.
Logo, assim como ocorre com o metabolismo, a taxa de metabolismo basal varia de uma pessoa para outra.
Alguns dos aspectos que definem essa taxa são: idade, sexo, fatores genéticos, peso, altura, tipo e frequência de atividade física, percentual de gordura e músculos – os músculos que queimam três vezes mais energia do que a gordura.
Segundo Cruz, a taxa MB é levemente maior nos homens. “Isso ocorre devido aos hormônios sexuais androgênicos que estimulam os processos metabólicos mais intensamente que os estrogênicos, que estão presentes nas mulheres”, explicou.
Quando consideramos o fator idade, as crianças acabam apresentando taxas metabólicas maiores do que a dos adultos – e ainda maior do que a dos idosos. Isso pode ser explicado pela depressão da glândula tireoidiana, que ocorre ao longo dos anos de vida e reduz a taxa de MB.
Na faixa dos 20 e 30 anos, os hormônios dos homens e mulheres estão mais ativos, logo, há mais massa muscular do que tecido adiposo.
No entanto, quando se atinge a fase dos 40 (mulheres) e 50 anos (homens), começam aparecer alterações hormonais – especialmente nas mulheres. Estas são caracterizadas pela mudança na composição corporal, perda de massa muscular e ganho de tecido adiposo.
Emagrecimento e metabolismo
Tenha em mente que o hábito irregular de alimentação é o maior vilão pelo fracasso na perda de peso. “Não há pessoas com metabolismo lento”, explica Patrícia. “Há pessoas com o metabolismo próprio de cada corpo, de acordo com o peso, estatura e idade; portanto, não deve ser considerado como lento”.
Ela lembra ainda que a obesidade, por exemplo, é uma doença com múltiplos fatores causais relacionados à genética, questões emocionais e estilo de vida e, portanto, não deve ser associada a um metabolismo lento. Cruz recomenda que as pessoas que querem emagrecer aprendam a fazer escolhas alimentares corretas.
“Práticas como regularizar o horário de acordar e dormir, manter as refeições no mesmo horário e ter uma rotina de atividade física auxiliam no equilíbrio do metabolismo”, explicou.
Fonte: Mundo Boa Forma Fotos: Reprodução / Jornal Ciência / Pixabay