A queda diária de fios de cabelos é algo perfeitamente normal. As pessoas, em média, costumam perder cerca de 100 a 150 fios por dia como parte de um processo chamado ciclo telógeno – quando o cabelo “morto” é empurrado e substituído por um novo.
Há outra questão que envolve essa perda de cabelo, que pode ser patológica. Além da queda natural, os cabelos podem cair por razões emocionais, como alterações de humor, ansiedade e depressão, bem como alterações hormonais, como em doenças da tireoide, ou genéticas, como a dermatite seborreica.
Contudo, dermatologistas ainda acreditam que essa queda de cabelos pode ser causada por alterações nutricionais, que sugerem carência de certos alimentos devido à realização de regimes e dietas restritivas de forma prolongada.
A alimentação é a primeira a influenciar a saúde de nossa pele, unhas e cabelos – este último constituído de proteínas, gordura, água e traços de certos pigmentos como a melanina e seus derivados.
Os especialistas alertam que virou costume entre as pessoas, especialmente as mulheres, cortar as proteínas da alimentação, substituindo-as por folhas e fibras, a fim de conseguirem emagrecer mais rápido.
Mas, ao parar de comer ovos, carnes, leite e oleaginosas, elas se tornam vítimas de uma perigosa deficiência proteica, capaz de causar graves episódios de queda de cabelo.
As moléculas das proteínas são constituídas de aminoácidos, sendo que grande parte deles são produzidos naturalmente pelo organismo, enquanto outra é adquiria por meio da alimentação.
Logo, ao restringir as proteínas, essas pessoas correm o risco de tirar do cardápio os aminoácidos que são absolutamente importantes para formar a principal proteína do cabelo: a queratina.
Ainda, conforme explicado pelo site Dermatologia Especialista , as proteínas participam da formação de certos hormônios, enzimas e anticorpos.
Assim, privar o corpo desse consumo faz com que as pessoas sintam mais fome, bem como desativem a função de crescimento dos cabelos, algo que pode ser observado entre dois e três meses de uma dieta restritiva. Em suma, a dieta de proteínas zero em longo prazo tem o potencial para deixar uma pessoa literalmente careca.
Para os vegetarianos e veganos, que desejam abandonar o consumo de carne ou derivados animais, e necessário um rigoroso controle nutricional e conhecimento para elaborar estratégias que possam ajudar a substituir as proteínas de carnes por frutas, legumes e verduras, visando também proteger a saúde dos cabelos através do controle da ingestão de proteínas. Converse sempre com seu nutricionista!
Fonte: Diário de Biologia Fotos: Reprodução / Diário de Biologia