Os “50 Heróis de Fukushima” que arriscaram suas vidas para proteger o mundo da radioatividade

de Redação Jornal Ciência 0

O famoso desastre nuclear da usina de Fukushima, no Japão, ocasionado por um terremoto seguido de tsunami, mesmo tendo ocorrido em 2011, deixou para sempre um legado de união humana que jamais será esquecido.

À época, 230 pessoas que trabalharam para a Tokyo Electric Power, em condições extremamente perigosas sabendo dos riscos mortais, receberam o prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia 2011 — prêmio anual atribuído na Espanha para entidades, pessoas ou organizações, de qualquer parte do mundo, que tenham feitos notáveis na ciência ou para a humanidade.

Após o desastre nuclear, 50 pessoas, entre elas cientistas, engenheiros técnicos, aposentados, bombeiros, voluntários, policiais e soldados, ficaram no ponto mais perigoso e letal com único objetivo: ajudar a nação e impedir um desastre global.

O objetivo dos que foram apelidados de “Os 50 de Fukushima”, era impedir que o desastre radioativo fosse ainda maior e afetasse todo o planeta. A principal missão era bombear água do mar para os reatores que estavam com o aquecimento descontrolado em seus núcleos.

Após o terremoto seguido de tsunami, foram danificados desativados os sistemas que refrigeravam os reatores, inclusive os sistemas que foram projetados para funcionar justamente em casos de emergência ou catástrofe.

Após conseguirem cumprir o papel que se propuseram, muitos apresentaram níveis de radiação 10.000 vezes acima do permitido para um humano. A curto prazo, todos sofreram graves efeitos colaterais e sequelas; muitos não resistiram e morreram lutando para resfriar os reatores. Outros, por sequelas tardias, sofreram de câncer.

A representação da imagem da capa desta reportagem é uma homenagem aos heróis anônimos que jamais serão esquecidos na história humana.

Primeiramente, foram apelidados de “Os 50 de Fukushima”. Posteriormente, a homenagem foi estendida não somente para 50, mas 180 trabalhadores que revezavam turnos exaustivos, desesperados para resfriar os 6 reatores que foram atingidos — totalizado 230 que ficaram em uma área extremamente perigosa.

Na verdade, trabalharam na usina 800 pessoas de forma ativa ajudando como podiam, mas somente os membros do grupo citado — os 50 iniciais e posteriormente os 180 — ficaram muito próximos dos reatores, expostos a condições letais.

As imagens da homenagem ficaram por apenas 100 dias no Festival de Dockville, em Hamburgo, na Alemanha, em agosto do mesmo ano do acidente.

Fonte(s): Laughing Squid Imagens: Reprodução / Luzinterruptus

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