44 dias de inferno: o caso da jovem japonesa que foi estuprada 400 vezes, torturada e queimada viva

de Merelyn Cerqueira 0

Em 25 de novembro de 1988, quatro jovens sequestraram uma estudante japonesa de 17 anos de idade, enquanto ela voltava para casa após um dia de aula.

Durante um período de seis semanas, ela foi encarcerada e obrigada a dizer aos próprios pais que estava com amigos.

O fato é que, de acordo com informações da revista Lawyers Update, ela foi estuprada mais de 400 vezes, queimada com cigarros, obrigada a comer baratas e a beber de sua própria urina. Por fim, foi queimada viva, numa morte lenta e dolorosa.

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Relatórios apontam que, além de estupro e espancamento, ela teve o órgão genital mutilado com panchões (cartuchos de pólvora) e alicates, e que seu ânus foi perfurado com uma garrafa.

Um dia, quando tentou escapar, os rapazes lhes quebraram as pernas, arrancaram suas unhas, queimaram seu corpo com cigarros e derramaram um líquido inflamável sobre pernas e braços antes de a incendiarem parcialmente como punição. Halteres também foram lançados sobre o seu abdômen, causando-lhe danos consideráveis nos órgãos internos.

Dez dias depois, quando não conseguia mais andar, devido aos ferimentos graves nas pernas, foi espancada com varas de bambu.

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Ainda, um dos rapazes derramou cera quente em seu rosto, e suas pálpebras foram, supostamente, queimadas com isqueiros.

Já no 40º dia de cativeiro, quando seu calvário havia se tornado insuportável, ela implorou que lhe tirassem a vida. O que só ocorreria nos próximos dias, quando suas lesões ficaram tão graves que não conseguiu mais resistir.

No dia 05 de janeiro de 1989, os rapazes encheram um tambor com concreto, despejaram o corpo e abandonaram-no em um terreno baldio, que posteriormente foi recuperado.

Após investigações, os assassinos foram presos, julgados e condenados. Mas, como eram jovens na época do crime, não receberam uma pena significativa, variando entre quatro e sete anos de prisão.

Um dos jovens, Jo Kamisaku, foi descrito como um “gangster” pelos promotores do caso, que também alegaram que o acusado possuía um passado perigoso e não merecia qualquer clemência.

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No entanto, ele foi condenado a apenas sete anos de prisão, e como foi considerado um jovem “sozinho”, não foi considerada pena de morte.

Uma vez liberado, sua reabilitação na sociedade falhou e ele acabou retornando para o regime fechado. Ainda, os pais do rapaz que era dono da casa que serviu de cativeiro, disseram ter conhecimento de toda a situação, mas não interviram ou entregaram o caso às autoridades porque temiam o filho e os amigos, que faziam parte de gangues locais.

Mesmo com todas as contradições envolvidas, este fato é considerado uma das mortes mais dolorosas causadas por seres humanos de forma individual na história.

Fonte(s): Lawyers Update Imagens: Divulgação

Jornal Ciência