Mãe faz ensaio fotográfico com bebê morto para conscientizar após perdê-lo na 38º semana

Segundo ela, a culpa seria da enfermeira que demorou para acreditar nos sintomas só ter marcado a realização do exame para o dia seguinte.

de Julia Moretto 0

O casal Georgia Boynton e James Regan, estavam ansiosos com a chegada da filha Dollie, que ainda estava se desenvolvendo na barriga da mãe.

“Eu fiz todos os exames necessários. Com 28 semanas fiz um ultrassom 4D e vimos como minha filha estava animada, ficava o tempo todo se mexendo”, contou Georgia em suas redes sociais.

Porém, somente com 37 semanas a gestação começou a mudar.  “Eu passei a não me sentir bem e sabia que havia um problema. Busquei ajuda profissional e a enfermeira mediu minha barriga e viu as batidas do coração e disse que estava tudo bem. Eu até comentei com a enfermeira que antes minha barriga estava tão grande que eu mal conseguia ver meus pés e agora eu estava conseguindo ver os meus pés e disse que estava preocupada. Mas ela não deu atenção. Como eu confiava bastante nesta profissional, resolvi acreditar no que ela havia me dito”, disse Georgia.

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Quando a gestação completou 38 semanas, a situação se agravou. “Eu fui fazer exames de rotina com a mesma enfermeira no dia 3 de março de 2017 e ela notou que o peso da minha filha havia diminuído e que ela também não estava crescendo. O coração, ao menos, continuava batendo. A enfermeira marcou outro ultrassom mais completo apenas para o dia seguinte. Neste momento, eu e meu marido estávamos em pânico. Queríamos fazer os exames imediatamente. Mas a enfermeira nos acalmou, disse que estava tudo bem e que minha filha provavelmente só estava em uma posição estranha”, explicou Georgia.

Para ter um resultado mais preciso, Georgia realizou um ultrassom mais completo. “Fizemos o exame com outra profissional. Enquanto via nossa bebê, ela segurou minha mão e disse: ‘o coração não está batendo’. Naquele momento tudo pareceu um pesadelo, eu e meu marido choramos muito, foi horrível”, disse Georgia.

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Entretanto, o feto morreu na noite em que o exame foi feito. “O pior de tudo foi que a equipe do hospital nos disse que nossa bebê ainda estaria viva se a enfermeira tivesse nos mandado imediatamente para mais exames, assim que viu que ela não estava crescendo, ao invés de marcar os exames só no dia seguinte”, lastima a mãe.

O parto foi induzido e Georgia deu à luz ao bebê falecido. “Quando eu a segurei em meus braços vi que era a bebê mais perfeita de todas, mas estava morta. Meu coração se partiu em mil pedaços”, contou Georgia.

Buscando alertar as futuras mães a acreditarem na sua opinião e não apenas nos profissionais, Georgia compartilhou sua história nas redes sociais e fez um ensaio fotográfico ao lado de sua bebê.

“Eu quero que as pessoas leiam a minha história e saibam que se não se sentirem bem durante a gestação, se sentirem que algo não está certo, investiguem ao máximo que puderem, mesmo que o primeiro profissional diga que está tudo bem. Nós confiamos na primeira profissional e acabamos perdendo nossa bebê. Minha filha se foi, mas ela jamais será esquecida por mim e nem pelo meu marido e nossos familiares. Nós a amaremos para sempre”, conclui Georgia.

Fonte: Mirror Fotos: Reprodução / Mirror

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