Richard e Mildred Loving passaram sete anos proibidos de pisar em Virgínia, seu estado natal, apenas pelo fato de serem um casal.
Então, em 1967, foram até a Suprema Corte dos EUA reverter uma decisão que proibia casamentos interraciais em determinadas regiões do país. Com informações da Hypeness.
Toda confusão começou em 1958, quando o casal viajou até Washington para celebrar oficialmente a união, já que em Virgínia isto não era permitido (nem em outros 15 estados do sul dos EUA).
Pouco tempo depois de voltarem para casa, foram surpreendidos pela polícia, que invadiu a residência com base na denúncia de um vizinho.
No processo, o casamento dos dois foi invalidado, e tiveram de se declarar culpados pelo crime de “coabitar como marido e mulher, contrariando a paz e dignidade social”.
Eles foram sentenciados a um ano de prisão, pena que seria anulada se ambos decidissem ir embora de Virgínia e não retornassem por pelo menos 25 anos.
Contudo, em 1964, advogados da União Americana pelas Liberdades Civis entraram com uma ação pedindo que a pena fosse anulada. Eles apelaram até que o caso, que foi nomeado como “Loving vs Virginia”, chegou à Suprema Corte. Então, em 12 de junho de 1967, a sentença foi revertida de forma unânime.
Para celebrar a decisão, o dia 12 de junho ficou conhecido como Loving Day no país, em memória ao casal que lutou duramente pelo fim da proibição entre casamentos interraciais.
A história de Richard e Loving inspirou um filme lançado em 2016. Intitulado como “Loving”, ele que traz os atores Ruth Negga e Joel Edgerton como protagonistas.
Em 1965, um fotojornalista da revista Life, Grey Villet, documentou o dia a dia do casal enquanto ainda travava sua batalha contra justiça norte-americana. Então, em comemoração aos 50 anos da decisão, as fotos foram publicadas em um livro no início deste ano.
As imagens que compõem “The Lovings: An Intimate Portrait” (“Os Lovings: Um retrato intimista”, em tradução livre), você confere abaixo:
Fonte: Hypeness Fotos: Reprodução / Hypeness