Esta é a prova definitiva de que isto não foi feito para limpar os ouvidos!

de Gustavo Teixera 0

Muitos médicos alertam que o uso indevido de hastes flexíveis de algodão pode causar danos ao canal auditivo.

Acredite ou não, nossos ouvidos possuem um sistema de autolimpeza e podem ficar com um pouco de cera de vez em quando sem maiores problemas. A cera, de fato, é nossa amiga pois protege nossos ouvidos de bactérias, insetos e sujeira. No entanto, às vezes produzimos muita cera e usamos estas hastes flexíveis para retirá-la.

Isso parece familiar?

Se você confia nestes objetos para deixar seus ouvidos limpos, então, aqui está uma situação pela qual Dr. Kunal Karade passou e que pode servir de alerta.  O Dr. Karade, de Nagpur, na Índia, teve que remover parte de uma ponta de algodão que tinha ficado alojada no interior do canal auditivo de um paciente.

Isso já soa desagradável, no entanto, o paciente em questão não sabia do fato de que o pedaço de cotonete ficou lá por cinco dias. Ele tinha ido visitar o médico por que o ouvido estava tampado e coçava, quando descobriu o objeto durante um exame.

Em um guia de cuidados para pacientes, os Hospitais da Universidade de Oxford explicam: “A pele dos ouvidos age como uma esteira transportadora, que viaja ao longo do seu canal auditivo e do seu tímpano, trazendo quaisquer detritos. Se você usar hastes flexíveis de algodão ou qualquer outra coisa para limpar seus ouvidos, pode interromper o processo de limpeza natural das orelhas”.

Ele continua: “Muitas vezes a única coisa que você consegue fazer com as hastes flexíveis de algodão é empurrar a cera mais para dentro, ficando temporariamente com baixa audição e causando danos ao seu canal auditivo ou ao seu ouvido“. Se a sua “esteira transportadora” dos ouvidos não está funcionando e você tem um acúmulo de cera, a melhor coisa a fazer é visitar seu médico para que ele limpe seus ouvidos por meio de um procedimento simples. 

O objeto é chamado comercialmente por um famoso nome que preferimos não usá-lo por se tratar de uma marca registrada, por isso, usamos o seu nome técnico: hastes flexíveis de algodão. Confira o vídeo abaixo:

 

Jornal Ciência