Uma adolescente britânica viveu por 6 anos sem saber que tinha um tumor cerebral, até que a doença a deixou incapaz de abrir o olho.
Com apenas 11 anos, Allana Prosser começou a ter dores de cabeça terríveis diariamente. Muitas vezes, ela adormecia simplesmente por sentar em uma cadeira. Ela também teve um aumento de peso, ganhou tiques nos olhos, perdeu o equilíbrio e, mais tarde, desenvolveu incontinência urinária. Os médicos a diagnosticaram de forma errada, com várias doenças e por diversas vezes, desde espasmos da musculatura da bexiga à alergia a queijo.
Finalmente, um oftalmologista a mandou para uma clínica especializada, onde finalmente descobriram que ela tinha um tumor chamado de craniofaringioma. Ela foi imediatamente levada para uma mesa de cirurgia para remover parte do tumor, e seguiu para os EUA para passar por uma terapia de feixe de prótons, que diminuiu e estabilizou a parte restante do tumor.
Prosser, agora com 21 anos, vive na Inglaterra e à época fez uma página de angariação de fundos para poder pagar seu tratamento. Na página, ela descreveu as fortes dores de cabeça que começou a sofrer em 2009, chamando-as de “incuráveis”. Além disso, ela contou toda sua jornada de sofrimento – comentando ainda os diagnósticos absurdos que recebeu, como ser alérgica ao queijo e derivados lácteos como causa da dor.
A saga para ser diagnosticada
Aos 16 anos, ela começou a se preocupar com o fato de que não tinha começado a menstruar, diferentemente de todas as suas amigas. Porém, o médico pediu para que ela voltasse para fazer exames somente quando tivesse 18 anos.
O médico era o NHS, um sistema de saúde pública com as mesmas características do SUS, aqui no Brasil. Logo em seguida, ela desenvolveu incontinência urinária. “Chegou a um estágio em que eu não ia para o trabalho e para lojas. Basicamente, não ia em qualquer lugar que houvesse pessoas”, disse ela.
Prescreveram a ela uma medicação dada para pessoas que têm espasmos em seus músculos da bexiga. Semanas depois, seu olho começou a contrair-se e ela foi finalmente incapaz de abri-lo.
Um oftalmologista, desconfiado dos sintomas, a mandou para uma clínica especializada para mais exames e isso, literalmente, salvou sua vida. “Em 21 de maio de 2015, os oftalmologistas finalmente – e felizmente – me transferiram para a clínica oftalmológica do hospital de emergência que salvou minha vida. Dentro de dez minutos fiz uma tomografia computadorizada e, em seguida, estava fazendo uma ressonância magnética. Nesse momento recebi a notícia devastadora que tinha craniofaringioma, um tumor sólido que tem um grande cisto anexado”, contou. Seu tumor estava situado na glândula pituitária e empurrava o nervo óptico do olho direito.
Qual a incidência deste tipo de tumor?
Tumores do tipo são diagnosticados mais frequentemente em crianças, adolescentes e adultos jovens. Como ocorrem perto de estruturas importantes no cérebro, podem causar problemas ao longo do tempo, como alterações nos níveis hormonais, problemas com a visão, ganho de peso e problemas de crescimento.
Todo e qualquer sintoma deve ser avaliado por um médico e, em muitos casos, nunca é demais ter duas ou três opiniões de médicos diferentes se duvidar do primeiro diagnóstico recebido.
Fonte: Daily Mail Foto: Reprodução / Daily Mail