Uma menina de dezesseis anos, que não teve seu nome revelado, realizou uma cirurgia de remoção de apêndice. Surpreendentemente, durante o procedimento, os médicos encontraram um cérebro em miniatura crescendo em um tumor dentro de seu ovário.
A japonesa deixou os médicos perplexos quando encontraram o tumor de 10 cm contendo um cérebro de 3 cm e aglomerados de pelos gordurosos, todos cobertos por uma fina placa de crânio. Os médicos acreditam ser uma versão menor de um cerebelo. Uma massa ao lado se assemelhava a um tronco cerebral – a estrutura que normalmente se junta à medula espinhal.
O caso foi revelado na semana passada em um estudo publicado pela Nara Medical University no Japão. O tumor foi removido três meses mais tarde e a garota está se recuperando bem. Cerca de um quinto dos tumores ovarianos contém tecido estranho, incluindo cabelo, dentes, cartilagem, gordura e músculo. Eles são chamados teratomas, derivado da palavra grega “teras”, que significa monstro.
Não se sabe o que causa teratomas ovarianos. Uma teoria é que eles surgem quando células de óvulos imaturos, inesperadamente, produzem diferentes partes do corpo. Teratomas maduros, como o encontrado na menina, são o tipo mais comum de tumor de células germinativas do ovário. Eles são mais frequentemente diagnosticados em mulheres durante seus anos reprodutivos. Os teratomas maduros são frequentemente chamados de cistos dermoides. Eles são removidos com cirurgia e a condição é curada.
Masayuki Shintaku, que estudou o tumor, do Centro Médico Shiga para Adultos, explicou que as células cerebrais são frequentemente encontradas em teratomas ovarianos. Mas ele acrescentou que é extremamente incomum que eles se organizem em estruturas adequadas, como o cérebro.
Embora a menina não tenha apresentado nenhum sintoma, há relatos de mulheres com teratomas ovarianos que desenvolveram alterações de personalidade, pensamentos paranoicos, confusão, agitação, convulsões ou perda de memória. Alguns dos sintomas neurológicos podem surgir quando o sistema imunológico reconhece as células cerebrais no ovário e inicia um ataque.
[ Daily Mail / European Journal of Neurology ] [ Fotos: Reprodução / European Journal of Neurology / New Scientist ]
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