Pelo terceiro ano consecutivo, a temperatura global atingiu um nível recorde. De acordo com dados da UK Met Office, 2016 foi o ano mais quente já registrado desde a década de 1880 – quando as análises começaram. Especialistas apontam que, bem como as mudanças climáticas causadas pela ação humana na Terra, o fenômeno El Niño também poder ser culpado, de acordo com informações do jornal Daily Mail.
Em 2016, as temperaturas médias da superfície da Terra e oceanos aumentaram cerca de 0,94° C da média registrada no século 20 de 13,9° C, segundo dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA). A NASA relatou dados quase idênticos aos do UK Met Office e Universidade de East Anglia, que também acompanhou as temperaturas globais a pedido das Nações Unidas.
As temperaturas, que aumentaram em razão dos gases do efeito estufa produzidos pelo homem, bem como pelo El Niño, que liberou o calor do Oceano Pacífico, bateram o recorde anterior, de 2015. Tal aumento ocorreu, mesmo com 200 concordando em reduzir a emissão de CO2 para limitar o aquecimento global, uma vez que um mesmo pico havia sido registrado no final de 2014.
“Não esperamos recordes todos os anos, mas a tendência de aquecimento a longo prazo é clara”, disse Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da NASA. Uma vez que o El Niño desapareceu, os cientistas concordam que é improvável que 2017 estabeleça um novo recorde, mesmo que a emissão de gases de efeito estufa continuem a crescer – liderados sempre por China e EUA.
Para Piers Forster, especialista em clima da Universidade de Leeds, 2017 provavelmente será mais frio. “No entanto, a menos que tenhamos uma grande erupção vulcânica, espero que o recorde seja quebrado novamente dentro de alguns anos”, disse. Um dos eventos climáticos mais relevantes para o aumento da temperatura no ano passado, foi o incêndio florestal de Alberta, no Canadá, considerado o desastre natural mais caro da história do país. Phalodi, na Índia, registrou temperaturas de 51° C, no dia 19 de maio, caracterizando um recorde nacional.
A Grande Barreia de Corais da Austrália também sofreu graves danos causados pelo aumento das temperaturas e pelo derretimento do gelo marinho em torno do Oceano Ártico.
[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]