Obsessão: vídeo mostra casal que é viciado em introduzir café quente no ânus

de Bruno Rizzato 0

Um vídeo contando a história de um casal viciado em café ficou famoso na internet. O problema é que a forma de consumo adotada é pouco convencional e controversa. Mike e Trina, da Flórida, nos EUA, são viciados em enemas de café, ou seja, a introdução do líquido pelo ânus visando benefícios de saúde.

O enema, também conhecido como enteroclisma ou clister, é utilizado para lavagem, purgação ou administração de medicamentos através de uma sonda no reto. Alguns exames também exigem a prática para obter imagens nítidas do intestino grosso. 

Geralmente são realizados com água ou medicamentos e servem para eliminar fezes de forma mais fácil. Porém, os enemas mornos de café, de acordo com o casal, causam bem-estar acentuado e uma maior eficiência da cafeína.

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O vídeo foi obtido com participação do casal no programa “My Strange Obsession” (“Minha Estranha Obsessão” em tradução direta), no TLC, e desde sua primeira aparição, causou polêmica em diversos países.

O enema é usado pelo menos 3 vezes ao dia, mas Trina já admitiu ter feito 10 enemas no mesmo dia, tendo uma sensação de euforia. 

Trina ainda garante que seus problemas de estômago, fígado, rins e intestino, desapareceram desde que começou a fazer os enemas há cerca de 3 anos – mesmo que não exista nenhuma comprovação científica do que ela afirma. Mike passou a trabalhar como home office apenas para poder realizar o processo em casa, e relata estar muito bem.

Ambos possuem equipamentos adequados e locais reservados em sua residência para a prática habitual. Acredita-se que, em 3 anos, eles realizaram mais de 7 mil enemas. Porém, especialistas garantem que os enemas de café não possuem benefícios e podem ser até prejudiciais.


Limpezas excessivas do cólon podem causar problemas graves no sistema digestivo. “Além disso, os usuários de enemas de café podem experimentar uma grave perda de eletrólitos, pois o café está relacionado à perda de potássio. O casal pode ainda enfrentar uma paralisação dos movimentos intestinais à longo prazo”, disse o Dr. Ranit Mishori, médico da Universidade de Georgetown em entrevista à Live Science.


Fonte: Live Science / Diário de Biologia Foto: Reprodução / TLC 

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