Pesquisas recentes estão lançando luz sobre o que aconteceria nos momentos finais da vida. Em uma descoberta surpreendente, cientistas registraram a atividade cerebral de um homem de 87 anos em seus momentos finais, após um ataque cardíaco.
Este paciente, que estava sendo monitorado devido a um tratamento de epilepsia, forneceu aos pesquisadores uma visão única sobre o que acontece no cérebro na hora da morte. Os resultados foram extraordinários.
Os registros mostraram que, no momento em que o coração parou, atividades cerebrais ligadas a sonhos e memórias se intensificaram. Isso levanta a possibilidade intrigante de que, na morte, possamos de fato ver nossa vida passar diante dos nossos olhos.
Um estudo complementar recente, realizado na Universidade de Michigan com pacientes vítimas de ataque cardíaco, reforçou essa ideia. Observou-se uma explosão de atividades cerebrais em uma área conhecida como “zona quente”, relacionada a sonhos e pensamentos conscientes, nos momentos finais desses pacientes.
Para entender melhor essas descobertas, os cientistas conversaram com pessoas que tiveram experiências de quase morte. Em entrevistas realizadas em hospitais nos EUA e no Reino Unido, descobriu-se que muitos desses pacientes tiveram experiências intensas e positivas. A maioria descreveu a morte como agradável e edificante. Cerca de 86% viram uma luz brilhante, e 54% reviveram momentos importantes de suas vidas.
Além disso, muitos pacientes estavam conscientes dos procedimentos médicos durante a ressuscitação, apesar de estarem em estado de coma. Mais de um quinto dos entrevistados relatou uma “experiência transcendente de morte”, que os levou a repensar a vida de maneira significativa.
Esses estudos, porém, ainda deixam muitas perguntas sem resposta. Uma das teorias é que o cérebro, ao enfrentar a morte, libera DMT, uma substância psicodélica poderosa. Isso poderia explicar algumas das experiências espirituais relatadas, mas ainda são necessárias mais pesquisas.
A morte continua a ser um mistério, mas essas pesquisas nos dão uma visão fascinante do que pode acontecer em nossos últimos momentos. Embora ainda não tenhamos todas as respostas, essas descobertas abrem novos caminhos para entendermos o final da nossa jornada.
Fonte(s): Popular Mechanics Imagem de Capa: Reprodução / Universidade de Washington