O mistério da Água Flutuante é finalmente resolvido

de Merelyn Cerqueira 0

Em mais um vídeo para o seu canal SmarterEveryDay, no YouTube, Destin Sandlin, que busca explorar o mundo através da Ciência, disse finalmente ter conseguido resolver um mistério que lhe afligia há anos: por que, em algumas situações específicas, a água parece flutuar?

O mesmo pode ser visto com líquidos, como o café, que enquanto pingam, promovem a flutuação de pequenas gotas sobre o restante do conteúdo. Então, ao perceber que o fenômeno ocorria em diferentes temperaturas e superfícies, Sandlin resolveu estudá-lo. Para entendê-lo, pediu ajuda ao astronauta norte-americano Donald Pettit, um especialista em química de superfície e com vasta experiência terrestre e espacial.

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Utilizando câmera lenta, eles observaram um fenômeno conhecido como coalescência, que ocorre quando duas porções de água se juntam para tornarem-se únicas. Isso ocorre, por exemplo, quando uma gota de água cai em uma poça maior.

Contudo, um pequeno delay pode ocorre até a que a união se firme, caracterizando o que é chamado de “tempo de residência”. Cientistas acreditam que isso acontece em razão do ar preso entre as duas porções distintas de água. Então, de forma rápida, a pressão do ar e resistência diminuem até que os líquidos tenham se tornado um só.

Logo, para explicar o porquê dessa lacuna de ar não se fechar como deveria ou por que as gotas de água não param de “flutuar”, ambos resolveram observar em detalhes uma única gota flutuante. Eles notaram que, quando a poça maior forma ondulações e depressões, e se a gota cai no ponto certo para se acomodar, o impacto da queda é reduzido, atrasando assim o efeito de coalescência.

Tal ação é chamada de colisão cinética, e para entendê-la basta considerar um jogo de sinuca, em que você tem que encaçapar uma determinada bola a partir da ação de outra. Logo, uma colisão entre elas deve acontecer para que haja energia necessária que faça com que a primeira entre no buraco.

De forma geral, se as velocidades do líquido e da gota forem próximas ou iguais, a energia de colisão rapidamente cairá para zero, o que efetivamente fará a pequena gota flutuar.

[ Hyper Science ] [ Foto: Reprodução / Hyper Science ]

Jornal Ciência