Palestinos e estrangeiros feridos que vivem na Faixa de Gaza estão tentando sair do território desde o início da guerra, em outubro. No entanto, a passagem de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, permaneceu fechada até a última quarta-feira.
Autoridades americanas disseram que o Hamas estava impedindo a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza e que o grupo estava fazendo exigências “absurdas”. No entanto, as autoridades não forneceram detalhes sobre as exigências.
Na última sexta-feira, uma fonte do governo americano, conforme o prestigiado jornal The New York Times, disse que o Hamas estava enviando listas de palestinos feridos que queriam deixar a Faixa de Gaza. Mas, a fonte afirma que muitas das pessoas nas listas eram combatentes do Hamas.
A fonte disse que cerca de um terço dos palestinos na primeira lista enviada pelo Hamas eram combatentes. As autoridades do Egito, dos EUA e de Israel não queriam permitir que combatentes deixassem a Faixa de Gaza.
Os atrasos na abertura da passagem de Rafah prosseguiram porque o Hamas continuou a enviar listas, insistentemente, que incluíam combatentes terroristas, tentando infiltrá-los entre os palestinos inocentes e estrangeiros.
Além disso, houve problemas logísticos, o que agravou a crise humanitária na região, onde milhares de estrangeiros continuam barrados, incluindo brasileiros.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, informou que o chanceler de Israel lhe garantiu que um grupo de 34 brasileiros, palestinos com residência no Brasil e parentes próximos, serão autorizados a deixar Gaza até a próxima quarta-feira (08/11).
Até o momento, mais de 2.200 pessoas conseguiram sair de Gaza. Neste sábado (04/11), mais 599 estrangeiros foram autorizados a sair: 382 cidadãos dos EUA, 112 do Reino Unido, 51 da França e 50 da Alemanha.
Os 34 brasileiros em Gaza permanecem barrados na passagem de Rafah e terão que esperar até que a nova lista possa autorizá-los a sair pelo Egito. O governo brasileiro diz que garante dar todo o apoio, para poderem seguir ao aeroporto e embarcar direto para o Brasil.
Fonte(s): The New York Times Imagem de Capa: Reprodução / Twitter Foto(s): Reprodução / Twitter