A guerra leva consequências para outras partes do mundo. Através das redes sociais, cidadãos pertencentes à comunidade judaica de Berlim alertam que começaram a aparecer algumas marcas nas portas de suas casas e edifícios, referindo-se às estrelas de David.
A polícia alemã informou ter recebido diversas denúncias. O símbolo marcado através de pichações nas casas de judeus preocupa e gera medo de ataques por movimentos antissemitas, de acordo com informações do jornal alemão Watson.

Isto gera pânico diante de possíveis ações de pessoas que, em meio ao seu radicalismo, optam por realizar ações solitárias de ódio contra judeus ou descendentes. As denúncias foram massivamente divulgadas por internautas e publicadas em jornais de todo o mundo.
Isso relembra a prática que acontecia na década de 1940, em plena política de eugenia promovida pelo Nazismo contra essa mesma comunidade.
Eugenia é a seleção dos seres humanos com base em características hereditárias com o terrível objetivo de “melhorar gerações futuras”.
O termo foi criado pelo cientista inglês Francis Galton, em 1883. A palavra deriva do grego e significa “bom em sua origem ou bem-nascido” — algo extensamente aplicado por Hitler durante o Nazismo e o horror do Holocausto.

Pouco tempo antes das marcas da Estrela de Davi começarem a aparecer nas casas de judeus, cidades como Berlim, Londres e Paris, cidadãos saíram às ruas para protestar contra a guerra em Israel e, na maioria, manifestaram-se apoiantes da causa Palestina.
Contudo, é importante esclarecer que muitos destes manifestantes também condenaram as ações do Hamas. Os protestos tinham, em sua maioria, o tema “Palestina livre” e não apoiavam o grupo terrorista.

No meio destas manifestações, as autoridades foram obrigadas a intervir para dispersar a população, especialmente em Paris, evitando que uma onda de estímulo contra judeus se propague pela Europa.
No caso de Berlim, os manifestantes saíram às ruas para apelar ao governo para não enviar armas a Israel, conforme o jornal colombiano Semana e o jornal italiano Il Messaggero.
Relativamente à campanha antissemita que tem envolvido a marcação de lares judaicos, cidadãos europeus lamentam que esta política de intimidação ocorra, ainda mais em países que afirmam defender a diversidade.
Fonte(s): Watson / Semana / Il Messaggero / Tagesspiegel Imagem de Capa: Reprodução / Redes Sociais Foto(s): Reprodução / Waufen