Garoto de 9 anos morre de forma súbita após nadar e reclamar de um resfriado

Um pai descreveu estar sentindo uma dor “angustiante” após seu filho de nove anos morrer poucas horas depois de reclamar que estava resfriado. O pequeno Otis Webster havia frequentado a piscina um dia antes de sua mãe encontrá-lo inconsciente em seu quarto.

Os paramédicos chegaram ao local rapidamente e levaram-no ao Leeds General Infirmary (LGI), na Inglaterra, onde foi colocado em coma induzido.

Porém, Otis não mostrou sinais de melhoria, e seus pais tomaram a decisão de movê-lo para um outro hospital, onde morreu há uma semana. Seu pai, Andy Lowley, de 47 anos, prestou uma homenagem ao seu filho e elogiou a equipe médica por suas tentativas desesperadas em salvá-lo. “Otis era cheio de vida. Ele era um garoto teimoso e agitado, mas nunca fazia nada com maldade. Esta sensação é angustiante. Estamos absolutamente devastados”, relatou ele.

Lowley, que é separado da mãe de Otis, Beverley Webster, de 46 anos, descreveu que Otis havia se sentido mal logo depois de nadar. No dia seguinte, ele faltou a escola.

Na noite do mesmo dia, ele não acordou. “Otis passou o resto da segunda-feira assistindo à televisão com sua mãe. Subiu para a cama e foi dormir. Ele não parecia estar mal. Bev tentou reanimá-lo, quando os paramédicos assumiram, eles conseguiram reanimar seu coração”, disse Otis, completando que isso não conseguiu evitar os danos cerebrais causados ​​por uma falta de oxigênio.

A causa oficial da morte, relatada pelos médicos, foi hipóxia, causada por uma falta de oxigenação no cérebro, que pode ocorrer por diversos fatores.

As células cerebrais são extremamente sensíveis à privação de oxigênio, e algumas delas começam a morrer, geralmente, em menos de 5 minutos após o suprimento de oxigênio. Como resultado, a hipóxia cerebral pode rapidamente causar a morte ou graves danos cerebrais.

Segundo o portal oficial do médico Dráuzio Varella, afogamentos podem ser classificados em diferentes graus, dependendo da condição de insuficiência respiratória. As manobras de recuperação cardiorrespiratória (RCR) ou cardiopulmonar (RCP) para combater a hipoxemia (insuficiência de oxigênio no sangue) devem começar imediatamente no local do acidente.

Porém, no caso de Otis, não houve tempo para a recuperação, pois o acidente não foi perceptível. Ele pode ter sofrido um leve afogamento, o que teria causado um dano com resultado mais lento.

O garoto relatou estar resfriado, logo após nadar, o que pode ter contribuído para uma menor temperatura corporal, deixando-o sujeito à hipotermia. Caso fosse levado imediatamente ao hospital, as medidas terapêuticas tentariam regular seu sistema respiratório, dando suporte cardiovascular. As medidas poderiam evitar lesões cerebrais por hipóxia que podem ser – e foram – irreversíveis.

Fonte: Dráuzio Varella / Daily Mail Foto: Reprodução / Daily Mail