Nativa do Caribe e de algumas regiões da América do Sul e Índia, a Coroupita guianenses, propriamente nomeada como “árvore canhão”, é conhecida pelos seus enormes e redondos frutos. O que seria normal, não fosse a característica incomum que os frutos possuem: eles costumam nascer no tronco e não nos galhos da árvore.
Quando amadurecem, eles normalmente caem no chão acompanhados de um enorme barulho de explosão (o que pode explicar o nome da árvore) e um odor terrível. Por mais curioso que pareça, as flores da árvore são perfumadas e aparecem em grupos, podendo medir até cinco metros de comprimento.
São consideradas perigosas por pura negligência humana, já que são comumente plantadas em calçadas ou vias públicas, bem ao alcance dos pedestres. Logo, e correndo o risco de afirmar o óbvio, esse uso faz com que seja mais fácil alguém se ferir devido à queda do fruto, uma vez que ser atingido por um deles pode ser fatal.
Suas folhas e flores são usadas medicinalmente porque acredita-se que possuam propriedades analgésicas e antibacterianas, por isso são utilizadas no tratamento de doenças de pele, malária e dores de dente. A casca do tronco também já foi associada à cura de resfriados e o interior do fruto geralmente é utilizado na limpeza de machucados. Apesar de não ter néctar, as flores da árvore possuem pólen em abundância, sendo especialmente atrativas para as abelhas – responsáveis por realizar a fecundação da planta.
Em algumas regiões da Índia a árvore tem sido utilizada como ornamento de santuários religiosos por pelo menos 3.000 anos, sendo encontrada em templos dedicados ao deus Shiva, e no Sri Lanka em templos budistas.
É considerada sagrada para os hindus porque suas flores lembram a forma do chapéu utilizado por Naga, uma cobra sagrada presente na mitologia hindu. A Coroupita guianenses foi catalogada por um botânico francês, J.F. Aublet, em 1775.
[ Fotos: Divulgação / Environmental Graffiti ]