Misteriosa árvore do Texas tem em “suas raízes” histórias de amor, veneno e ocultismo

de Merelyn Cerqueira 0

Localizada em Austin no Texas, um carvalho conhecido como Treaty Oak, já foi considerada como uma das mais belas árvores dos Estados Unidos.

Com cerca de 500 anos de idade, ela era considerada um dos tesouros do Texas, até que alguém decidiu tentar cortá-la. A motivação por traz desse “crime” envolvia uma distorcida história de amor, veneno e ocultismo.

Segundo o site KnowledgeNuts, este carvalho, em especial, era uma das 14 árvores que serviram como pontos de encontro entre tribos nativas americanas, muito antes de os colonizadores europeus chegarem. Até mesmo, Stephen F. Austin, fundador do estado, uma vez assinou um tratado com os nativos sob a sombra de Treaty Oak.

Em 1922, a American Forestry Service Association, a designou como a árvores mais perfeita dos EUA. Porém, apesar de estar associada ao símbolo de majestade e beleza, muito dos quais oriundos dos anos 80 e início dos anos 90, ela também já foi relacionada a um caso de vingança e magia negra.

A história conta que, em 1989, um guarda florestal da cidade de Austin, John Giedraitis, percebeu que o lendário carvalho estava morrendo. Preocupado, ele recolheu amostras do solo e enviou ao Departamento de Agricultura. Lá, eles descobriram que alguém tinha envenenado a árvore com uma enorme quantidade de Velpar, um herbicida devastador produzido pela empresa DuPont.

Os moradores da cidade ficaram furiosos com tal ato e exigiram que o responsável fosse capturado e pendurado na árvore por ele envenenada. Curiosamente, conforme ia morrendo, os cidadãos deixavam presentes perto de suas raízes, incluindo cartões de melhoras, sopas de galinha e até mesmo foram realizadas cerimônias de cura.

Eventualmente, as autoridades prenderam o suposto responsável. Um ex-presidiário chamado Paul Cullen, que tinha fácil acesso ao veneno e confessou o crime. Em seu caminhão foram encontradas várias jarras de Velpar. Dessa forma, ele foi preso e condenado a nove anos de cadeia, embora só tenha cumprido três deles.

Uma das teorias sobre a motivação do homem, falava que ele estava apaixonado por uma conselheira de uma clínica de reabilitação que frequentava, mas o sentimento não era correspondido. Na esperança de tirá-la da cabeça, ele realizou um ritual de magia negra que envolveu o envenenamento da árvore. Ele acreditava que, se a Treaty Oak morresse, o seu amor não correspondido também morreria.

Cullen morreu em 2001, e o carvalho ainda continua sendo tratado para que se recupere, embora apenas um terço dele tenha permanecido. Na esperança de prolongar sua existência, cientistas recolheram algumas ramas e as plantaram em todo o estado do Texas. Quando uma delas alcançou um tamanho suficiente, foi remanejada para o lado da “mãe”. Suas raízes, agora enxertadas juntas, estabilizaram a outrora ‘majestosa’ Treaty Oak, que diferente de Cullen, poderá sobreviver por pelo menos 100 anos. 

[ KnowledgeNuts ] [ Foto: KnowledgeNuts ]

Jornal Ciência