Nesta quinta-feira (02/07) comemora-se o Dia Mundial do OVNI — celebrado por pessoas de todas as partes do mundo que acreditam na existência de seres extraterrestres.
O termo OVNI (Objeto Voador Não Identificado) foi criado para definir “anormalidades” vistas no céu, que não são detectadas por radares e, até onde sabemos, não existe uma explicação científica para a existência destes objetos.
Quando falamos de OVNIs, pensamos de forma quase automática sobre a existência de vida extraterrestre, embora os aparecimentos e ocorrências carecem de evidências científicas válidas e, muitas vezes, é baseado em fotografias, vídeos ou testemunhas, embora os serviços militares de vários países estejam começando a falar oficialmente sobre os avistamentos e registros.
O próprio ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu em uma entrevista que estes objetos voadores existem e, de fato, os poderes militares não sabem dizer o que são.
A data, que foi escolhida pela World UFO Day Organization, teve como base o dia de um dos maiores episódios ufológicos da história — o acontecimento de Roswell, no Novo México, em 1947. Mesmo após 70 anos do ocorrido, o caso ainda intriga pesquisadores.
O famoso Caso Roswell
À época, o governo norte-americano declarou oficialmente que o “objeto estranho que teria caído em 2 de julho de 1947”, em um pequeno sítio, era apenas um balão de vigilância da Força Aérea dos Estados Unidos — mas isso não convenceu a todos, especialmente os moradores da região.
O caso explodiu realmente em 8 de julho de 1947 quando uma publicação do jornal Roswell Daily Record veio à tona, afirmando que o 509º Brigada de Bombeiros da Força Aérea dos EUA teria escondido os destroços de um “disco voador” após afirmação dos próprios militares.
A notícia ganhou notoriedade e despertou a curiosidade de toda a cidade e regiões. Muitos acreditaram e tentaram encontrar algum destroço que pudesse ter caído, mas o mesmo jornal, no dia seguinte, fez uma nova reportagem desmentido a afirmação anterior, dizendo ser apenas um balão meteorológico.
O fazendeiro William Mac Brazel avistou os destroços em 2 de julho, cerca de 12 km de distância do sítio onde vivia, quando andava de cavalo. Acostumado a ver balões meteorológicos caírem, não acreditou que os destroços fossem algo diferente. Mas, em 4 de julho, dois dias depois, recolheu alguns pedaços do material.
Ao contar para os vizinhos, ficou sabendo da notícia que alguns veículos de mídia estavam oferecendo US$ 3.000 por pedaços ou provas do que eles chamavam de “disco voador”, buscando ter materialidade para publicarem notícias.
Brazel, o fazendeiro, resolveu procurar a polícia e afirmou que estava entregando restos e fragmentos de um “disco voador”. O xerife ligou para a Base Aérea de Roswell que, em seguida, mandou um capitão e um major da 509º Brigada de Bombeiros para analisarem o que seria os destroços.
O major Jesse Marcel levou alguns destroços para a base militar de Fort Worth. A própria força aérea informou à imprensa que era a queda de um disco voador, mas voltou atrás algumas horas depois informando que era um balão meteorológico e que a confusão ocorreu porque eles não sabiam de que material era feito um balão.
O major seria a grande testemunha
Uma nova investigação foi feita há dois anos, de acordo com o jornal inglês The Sun, o perito Philip Mantle disse que focou suas pesquisas no major Jesse Marcel, o primeiro oficial de alta patente a ter contato com os destroços.
Segundo Philip Mantle, o major Marcel ajudou a acobertar o que de fato teria caído ali. À época, o major fazia parte da inteligência do governo e por isso teria sido levado ao local para recolher os destroços ou qualquer objeto para que a força área pudesse investigar.
O investigador afirma que outros militares foram até o local e recolheram tudo, não apenas material metálico, mas também corpos do que chamou de “alienígenas” e a fonte para tal afirmação teria sido o próprio major Marcel que revelou em 1986, antes de morrer que ajudou a acobertar a verdade sobre a queda do OVNI.
Calvin Parker, 65 anos, amigo do major, afirmou ao investigador que ele levou um pedaço de metal da suposta aeronave para casa e que teria o guardado por anos dentro de um aquecedor de água. O metal tinha a capacidade de ser amassado e voltava à forma original, como se tivesse “memória” de seu formato.
“Ele me disse que recebeu ordens para dizer que era apenas um balão meteorológico que caiu e, como um bom militar, cumpriu as ordens”, afirmou Calvin Parker para o detetive Philip Mantle. Apesar das afirmações, o metal em questão nunca foi encontrado.
Até hoje existem dezenas de teorias de conspiração sobre o caso e sobre um possível “segredo” guardado a 7 chaves pela Força Aérea dos EUA. Pela grande repercussão global do ocorrido, Roswell tornou-se um dos principais pontos de visitação de ufólogos e curiosos sobre o tema, onde foi inaugurado o Museu Internacional do OVNI.
No Dia Mundial do OVNI ocorre celebrações, encontros, palestras e exibição de vídeos e filmes com o tema de avistamentos de OVNIs em vários países. Obviamente, estas festividades serão abaladas este ano pela pandemia.
Imagens: Reprodução / Philip Mantle Capa: Reprodução / Portal R7