Cientistas dizem que você precisa fazer este exercício 2x por semana para melhorar o cérebro

de Merelyn Cerqueira 0

Uma nova pesquisa feita por cientistas australianos sugeriu que engajar-se na prática regular de halterofilismo poderia ajudar o cérebro a funcionar melhor e a prevenir demência.

O estudo estimou que cerca de 135 milhões de pessoas em todo mundo, até 2050, poderão desenvolver demência. Logo, as conclusões do ensaio são fundamentais para que possamos garantir uma função cerebral mais saudável, de acordo com informações da Big Think.

Os pesquisadores concentraram as análises em um grupo de 100 pessoas com idades entre 55 e 86 anos, com “leve comprometimento cognitivo” (MCI), que foram convidadas a praticar levantamento de peso e treinamento cerebral. O MCI é considerado um percursor para o desenvolvimento da doença de Alzheimer e outras formas de demência.

Em 2014, a mesma equipe teria publicado um artigo descrevendo melhoras em habilidades cognitivas que estavam relacionadas ao ganho de força muscular. Logo, as pessoas mais fortes experimentavam maiores benefícios cerebrais, de acordo com o principal autor do estudo, Dr. Yorgi Mavros, da Universidade de Sidney.

Por um período de seis meses, duas vezes por semana, os participantes trabalhavam com halteres cujo peso era 80% do máximo que poderiam levantar. Quanto mais fortes ficavam, mais peso levantavam, seguindo à regra dos 80%.

Depois, eles foram analisados por meio de varreduras feitas por ressonância magnética. Os resultados mostraram melhoras em algumas áreas do cérebro. No entanto, enquanto apenas estudos futuros poderão dizer se os resultados positivos são válidos para todas as faixas etárias, eles de fato já encorajaram Dr. Mavros a usá-los como recomendação geral.

Segundo ele, a prática de exercícios de resistência, como levantamento de peso, indica uma população mais saudável. “A chave, no entanto, é ter certeza de que você está fazendo isso com frequência suficiente, pelo menos duas vezes por semana, e em alta intensidade para que maximize os ganhos de força”, explicou. “Isso lhe dará o máximo benefício para o cérebro”.

O próximo passo do estudo é determinar se os aumentos de força muscular também estão relacionados com o aumento no cérebro observado pelos pesquisadores.

Queremos encontrar o mensageiro subjacente que liga a força muscular, crescimento cerebral e desempenho cognitivo, para determinar a melhor forma de prescrever exercícios que maximizem esses efeitos”, disse a autora principal do estudo, Maria Fiatarone Singh, geriatra e professora pela Universidade de Sidney.

[ Big Think ] [ Foto: Reprodução / Big Think ]

Jornal Ciência